Shotgun Diaries (resenha e unboxing)

“Não vi um zumbi de bigode. Será que o bigode deixa as pessoas imunes?”

E aí pe-pe-pessoal, faz tempo que não escrevo por aqui, né? A vida me roubou pra alguns afazeres menos prazerosos do que o nosso hobby. Política, casamento, academia, matar zumbis… Essas coisas.

Estou com o novo The Shotgun Diaries em mãos, da inovadora Editora RedBox . E vale a pena cada centavo.

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Já faz um tempo que os grandes clássicos do cinema zumbi saíram da moda, e ultimamente poucos títulos vêm para dar uma descontraída (como “Madrugada dos Mortos”), ou para entristecer os fãs do estilo (“Resident Evil”). Mas agora, com The Shotgun Diaries, você pode fazer seu próprio filme.

O sistema simples de interpretação colaborativa que John Wick criou, marca uma ênfase violenta na dinâmica e rapidez do jogo. As ações se intercalam em um ritmo frenético, e a ação é constante, sempre te empurrando para alguma medida desesperada, que acaba variavelmente matando você ou seu grupo todo. Cada minuto conta na vida dos sobreviventes. Sobreviventes você pergunta? São as, aparentemente únicas, pessoas que sobreviveram ao holocausto, infecção, profecia ou juízo final que agora se instaura no mundo. E você é um deles!

Está gostando. Ótimo, não para por aí!

Eu senti um clima meio jogador vs. narrador no jogo, mas nada muito grave e até desafiante em alguns momentos. O lance de dados quase sempre conclui a questão: se o dado mostrar 6, o jogador narra o que acontece, se mostrar qualquer outro número, que não 6, o Mestre (aqui chamado de Mestre Zumbi) tem o controle da cena. Isso não significa que o personagem vai morrer devorado por zumbis, mas geralmente sim. Ou ele pode ficar infectado, o que é muito mais divertido. Os refúgios são temporários, os suprimentos escassos, os zumbis infinitos e a tensão duradoura.

Arrisco-me a dizer que o jogo não é feito para Mestres muito iniciantes, ele não perde tempo explicando a moralidade das coisas ou o que é o RPG, ele é seco, direto a ação. Já para os jogadores novatos e inexperientes ele é perfeito. A ficha de personagem não é nada mais que uma linha de informação, e o que realmente conta é a interpretação.

Aproveitem para dar uma descontraída praticando tiro ao alvo em zumbis, mas certifique-se de trancar a porta antes.

PONTOS POSITIVOS SOBRANDO

A Editora RedBox ainda tem um jeito peculiar de lidar com o público. Eu, por exemplo, comprei a lata, em edição limitada, por menos que 80 pilas brazucas, o livro simples sai por pouco mais de 20 reais. Já os mais impacientes, os que não confiam no trabalho do Sedex ou os que querem apenas matar essa curiosidade que está comendo seu cérebro (ou seria um zumbi?), podem optar pelo material digital, que não custa nem 10 mangos, e vem de brinde um controle de mídia pra você arrepiar os cabelos pubia… errr… da nuca dos seus jogadores.

CONCLUSÃO

Poucas coisas me desagradaram no jogo, tive que ler e reler algumas vezes uma regra ou outra para ter certeza de que era somente aquilo mesmo, deve ser mania de jogador de D&D. A falta de um cenário mais bem explicadinho e mastigadinho também pode fazer falta pra alguns, mas nada que uma coletânea de filmes de zumbis não resolva

Essa é a sua chance de adquirir um ótimo produto e ainda incentivar o mercado nacional a continuar no páreo com as grandes editoras-que-não-estão-nem-aí-pra-gente (segundo a grande maioria).

Aliás, este é o “unboxing” que eu mesmo fiz, é o meu primeiro, me perdoem!

Um abraço do seu Mestre Zumbi!
E um grande agradecimento ao Mr. Pop, que só pode ser um zumbi, já que ele me responde e-mails à 1 da madrugada e às 6 da manhã!

…Braaains…

Notas (de 1 a 6)
Layout/Arte: 6
Texto: 5
Conteúdo: 5
Nota Final: 5 (mas com cara de 5.8)

Agos”TI”nho
Equipe REDERPG

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