Wizards Anuncia Uma Nova Edição – Um Olhar para Dentro do Jogo

Publicado pela primeira vez em 1974, o jogo de interpretação de personagens de fantasia Dungeons & Dragons coloca magos e guerreiros contra estranhas criaturas como o Mímico, um monstro que muda de forma para assumir a forma de um baú de tesouro, então se transforma para atacar aventureiros desavisados.

Hoje, o D&D está passando por sua própria transformação. Como um encontro com um Mímico, é susceptível de fazer alguns jogadores gritar e espernear — mas pode acabar no tesouro.

Em 9 de janeiro, a editora dona do jogo, Wizards of theCoast, pertencente à Hasbro, anunciou que eles começaram o desenvolvimento da quinta edição das regras de Dungeons & Dragons. A reescrita de um jogo, de nem mesmo de 40 anos de idade pode parecer trivial, mas Wizards estabeleceu uma meta ambiciosa: Para criar, com a ajuda de seus fãs, um “conjunto de regras universais”, que unifica todos os jogadores em um único sistema.

“Estamos focando no que leva as pessoas a ficarem animadas com D&D, e ter certeza que temos um jogo que abrange todos os estilos diferentes”, diz Mike Mearls, gerente do grupo de pesquisa e desenvolvimento de D&D. “Mesmo se você não jogou em 20 anos, queremos que você seja capaz de se sentar e dizer “Isso é D&D”.”

Na sua forma atual, Dungeons & Dragons não é um jogo único que todo mundo joga da mesma forma; está mais para vários jogos diferentes que descendem de um ancestral comum. Ao longo de suas quatro décadas, os designers do jogo frequentemente mudaram as regras e as republicaram, às vezes eles fizeram isso para corrigir problemas, às vezes apenas para vender novos livros de regras.

Como resultado, a base de fãs é fraturada ao ponto de tornar difícil de se jogar o D&D, isolando os jogadores que não sabem ou não gostam de versões particulares. Mais preocupante, para quem está trabalhando na Wizards of the Coast: um jogador dedicado às regras do “Advanced Dungeons & Dragons” de 1977 pode jogar o seu jogo toda semana, mesmo que não tenha gasto nenhum dinheiro com isso em 35 anos.

Para resolver este problema, Wizards foi olhando para trás a cada edição do jogo voltando a 1974, e identificando as regras de sua base que fazem o jogo funcionar melhor. Eles também estão solicitando sugestões dos jogadores através de colunas semanais em seu website, e através de tópicos de discussão da comunidade. E nos próximos meses, eles vão fazer várias rodadas de playtest, permitindo que os fãs experimentem as novas regras antes de serem finalizadas, e identificar o que funciona e o que não funciona.

Quando concluído, a sabedoria coletiva será usada para criar uma nova mecânica que irá servir como uma espécie de edição “o melhor de” e que deve ser familiar e divertido mesmo se você é jovem ou tem cabelos grisalhos.

É claro, colocar todos os tipos de jogadores em uma barraca não é fácil quando eles querem coisas diferentes. Para lidar com isso, Mearls diz que a nova edição está sendo concebida como um sistema modular, flexível, facilmente personalizável para preferências individuais.

“Assim como um jogador faz seu personagem, o Mestre pode fazer o seu conjunto de regras”, diz Mearls. “Ele pode dizer “eu estou indo para executar uma campanha militar, ela vai ter muita luta” … por isso ele usaria o capítulo de combate, mergulharia nas regras de miniaturas, e incluiria as regras opcionais de artes marciais.”

“Você pode ter personalização o tanto quanto ou tão pouco quanto você quiser”, diz ele. “É sobre deixar as pessoas encontrarem sua própria maneira de jogar.”

Enquanto eles começam este novo projeto, a equipe da Wizards está bem consciente de como as mudanças podem dar errado; as regras da Quarta Edição, lançada em 2008, incomodou a muitos jogadores de longa data, que sentiram que pegou muito emprestado de RPGs on-line como World of Warcraft da Activision Blizzard, deixando de lado o jogo criativo em favor de um combate repetitivo.

“Com a Quarta Edição, houve um enorme foco na mecânica.”, diz Mearls. “A história ainda estava lá, mas muitos de nossos clientes estavam tendo problemas para alcançá-la.”

“De certa forma, era como se dissesse às pessoas: “A maneira correta de tocar guitarra é tocar thrash metal””, diz Mearls. “Mas há outras maneiras de tocar guitarra.”

Desta vez, Wizards não quer cometer o mesmo erro. É por isso que eles estão enfatizando o diálogo com os fãs, na esperança de incorporar as melhores sugestões, e não ser vista como impondo sua vontade corporativa.

“Nós queremos trazer os fãs da base conosco e envolvê-los”, disse Liz Schuh, diretora de marca da Wizards of the Coast. “Nós queremos conseguir reunir uma amostra de jogadores o mais ampla possível, mesmo pessoas que não tenham comprado produtos em anos.”

Essa discussão já está em andamento no website da Wizards, onde o desenvolvedor Monte Cook tem abordado sobre preocupações no desenvolvimento a cada semana em sua coluna Lendas e Conhecimentos (Legend & Lore). Mais artigos e fóruns de discussão foram prometidos, e detalhes adicionais sobre o programa de playtest deverão estar disponíveis em breve. Por agora, jogadores interessados podem se inscrever em www.wizards.com/dndnext.

Enquanto isso, algumas pessoas de fora tem espiado o novo jogo.

Em dezembro, a Wizards of the Coast convidou alguns varejistas e repórteres para o playtest de uma versão inicial de regras da quinta edição em sua sede, em Renton, Washington. Como parte desse grupo, me juntei com outros quatro jornalistas para enfrentar uma aventura curta da quinta edição, dirigida por Mike Mearls.

Todos os participantes do playtest concordaram em não comentar mudanças de regras específicas, ou o que o jogo se parece em seu estado atual. Atualmente, ainda é um protótipo bruto e sujeito a alterações, especialmente depois da Wizards ouvir os fãs durante o processo de playtesting. Mas existem algumas coisas que eu posso lhe dizer. Primeiro de tudo, e menos surpreendente: é muito bom ter Mike Mearls como o seu Mestre.

Segundo, e mais importante: Wizards está no caminho certo.

Eu não sou um fã de quarta edição. Acho o combate lento, os poderes limitam e as regras inóspitas para o tipo de construção do mundo criativo de contos de histórias e resolução de problemas que tornam o D&D grande.

Mas até agora, as regras quinta edição se mostram promissoras. São simples sem serem estúpidas, e eficientes, sem ser superficiais. O combate foi rápido e satisfatório, nós tivemos a maior parte de uma aventura em apenas algumas horas. E tenho a sensação de quea Quinta Edição vai trazer de volta um pouco da complexidade boa de versões anteriores, permitindo que os jogadores criem personagens únicos e novos mundos.

Acima de tudo, parece mais D&D, não um vídeo game, um MMO ou um jogo de cartas. Esse é o primeiro passo para trazer de volta os jogadores de idade.

“D&D é como o guarda-roupa que as pessoas passam para chegar à Nárnia”, diz Mearls. “Se você o percorrer e houver um McDonalds, se sente como – “isso não é Narnia”.”

Até agora, pelo menos, as regras da quinta edição estão fantásticas.

Autor: David M. Ewalt
Tradução: Aguinaldo “Cursed Lich” Silvestre
Fonte: Forbes

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31 Comments
  1. Sério, estou bem animado com a 5ed, acho que voltarei a comprar D&D, estou torcendo!

  2. Parece que agora sim eles assumiram o erro, mas, provavelmente não vai me atrair tanto a atenção assim, já estou feliz com os meus livros de D&D (Pathfinder) por aqui. Para mim, a edição 3.0-3.5 deu um salto bem interessante quando comparado com o AD&D e ainda continuou mais interessante para o meu gosto do que a 4ª edição, logo, não teria porque começar a jogar uma nova edição que promete me divertir o que eu já me divirto com a edição do Path, nada mais do que a edição 3.5 melhorada.

    Eu senti pela notícia que a Wizards reviu algumas coisas nas políticas mercadológicas, agora eles querem atrair as ovelhas com uma propaganda “só nós temos o verdadeiro D&D em mãos”, eu leio isso como “teremos um produto melhor do que o Pathfinder, por ser original”. Não deixa de ser uma competição saudável, mas, eu fico aqui pensando se os jogadores que compraram a 4ª edição vão ter bolso e paciência para comprar vários novos livros novamente, já tendo comprado livros de uma edição “fiasco”.

  3. Fico feliz que ao menos a Wizard se conscientizou.

    Agora, o fato é que RPG é um investimento caro e eu jamais vou jogar no lixo minha coleção 3.x para comprar outra. Na internet vejo gente que comprou o 3º, se livrou dos livros, investiu tudo no 4º.

    E agora, como fica essa gente que derrepente vai fazer o mesmo com a 5º?

    Depois vem a 6º, a 7º. a 2099º…

    Claro, eles são empresa. Eles têm que vender.

    Mas meu dinheiro não capim.

    • Amigo, sua penultima frase já respondeu sua pergunta.
      Encaro essa questão referente a lançamentos de novas versões de tempos em tempos com muita naturalidade. Uma empresa precisa lucrar, todas as empresas são assim, cada uma no seu nicho, cada uma com seu público. Então, elas farão de tudo pra vender seus produtos. Quando esse produto fica saturado no mercado, ela lança um produto novo e assim por diante. Nós, como consumidores, não precisamos adquirir uma nova versão do produto a cada vez que a empresa lança. Quem puder (e quiser) faz isso, como acontece a cada vez q a Apple lança um Iphone novo, milhões de aficcionados passam dias na fila pra comprar os primeiros aparelhos. Mas será q todos que possuem um iphone 3, precisam do 4???? Claro que não!!!
      Então cada um se diverte e investe naquela versão que acha melhor, que mais se adapta ao seu gosto e a do seu grupo de jogo.
      Eu passei por TODAS as versões do D&D (desde a primeira versão, a caixa preta) e achei que em todas elas houveram mais evoluções do que regressões (inclusive da 3ª pra 4ª) e provavelmente vou migrar pra 5ª tb, mas isso é uma escolha minha, não gosto de ficar jogando uma versão que “parou no tempo”, saber que não haverá novas atualizações pra ela. Mas tb não vou ficar culpando a produtora por isso, pois sei que se não for assim, nos dias de hoje, a empresa fecha as portas mesmo, o mercado é bem cruel.

      Desculpe o longo texto, é que fico bastante chateado quando vejo esse tipo de assunto, sobre as empresas serem “mercenárias”, pois descordo totalmente disso, inclusive quase toda semana discuto com um amigo do meu grupo de jogo que acha isso.
      Essa é minha opinião, estarei aberto a discutí-la amigavelmente com qualquer user.
      Um abraço!

      • Correto ttkhila

        Não precisa ficar chateado…rs…é mais uma reflexão do que uma dúvida. Afinal, diversão é pessoal.

        Achei o 4º edição muito legal. E tenho quase certeza que acharei o 5º. Confio na capacidade da Wizard para isso.

        É que com o passar da idade já não possuo o mesmo tempo livre de antes. tempo de ler e aprender todo um novo conjunto de regras. Torna-se contraproducente dentro da admnistração do meu tempo. Mas claro, cada um tem um nível de envolvimento com o RPG muit particular.

        Na verdade, eu ainda não li nem mesmo todo o material produzido pela 3.x.

        Eu crio ou busco homebrews do 3.x para me atender e me sinto satisfeito.

        E tem o fato de que o material da 3.x é tão vasto que é bem provável que eu nem chegue a usar todas as suas possibilidades. são muitos suplementos, só no Brasil. Dirá então os que não foram traduzidos.

        Sei lá, é como comprar um hamburguer, dar uma mordida e depois jogar fora. Quando eu compro um produto, eu quero gastá-lo até o fim. Ainda bem que RPG é um produto não perecível. Talvez o mais não perecível do mundo…rs

        Mas respeito sua opinião. Mesmo. Não acho errado quem gosta do material novo. Considere esse texto apenas a minha opinião.

        • Certíssimo, meu amigo!
          Respeito a sua visão, assim como vc a minha. E continuemos buscando o que mais nos agrada dentro do nosso querido hobbie. Concordo plenamente com a questão do tempo que vc citou, hoje em dia ele é curto mesmo, por isso temos que pesar o que é mais importante pra nós e o D&D nos dá a possibilidade de não mudar em nada para que possamos continuar nos divertindo.
          Vida que segue. Um abraço!

  4. Bom no minimo isso vai dar panos pra manga, ou seja, quero ver como eles vão colocar todos esses livros de outras edições e juntar tudo em 1 edição só. Quero ver esse milagre da qual a Wizard vai fazer.

    Se realmente for isso mesmo que entendi , todos vão ressuscitar seus livros velhos não importa de qual edição e começar a jogar novamente.

    Olhando por um lado mais técnico da coisa , acredito que a Wizard vai conseguir fazer isso. Se vcs repararem em todas as edições existe uma semelhança em alguma coisa lá no fundo das edições antigas quando sai uma nova, um reaproveitamento de itens ou qualquer coisa do tipo.

    Agora tem que ver , se a 5 edição por exemplo vai ser os livros de capa dura como conhecemos ou se vai ser livros finos como a linha “essentials”

    No mais quero ver o circo pegar fogo , quero ver qual é a estrategia da Wizard para combater o Pathfinder e trazer os seus fieis jogadores de volta.

    Isso realmente vai ser bem interessante de acompanhar mesmo não comprando os livros e baixando pela net por ai.

  5. No excelente blog Pontos de Experiência, do Diogo Nogueira, ele compilou mais informações de outras fontes:

    http://pontosdeexperiencia.blogspot.com/2012/01/mais-noticia-sobre-proxima-edicao-de-d.html

    • Cara tudo isso indica que a Wizard ta na merda que a coisa ta preta pro lado dela. Acredito que os planos de reestruturar o D&D veio depois que o Pathfinder saiu no mercado.

      Como disse acima , acredito que vai valer a pena ver de perto toda essa saga da 5 edição. E quem sabe comprar 1 ou 2 livros da 5 edição????

  6. Não esperava um comentário dessa para a 5ª edição…

    Fico inesperadamente contente com uma percepção desta, mesmo percebendo uma certa tendência saudozista do autor do artigo.

    Se a 5ª edição for melhor, ótimo… só fico preocupado com o suporte a 4ª edição… gostei da edição e talvez fique nela, mas perder as ferramentas on line seria uma pena…

    • Bom mais como estão falando por ai de “reaproveitamento de todas as edições” , acredito que não vão deixar de dar suporte a 4 edição ainda mais a linha essentials.

      Pelo menos assim espero , e é por ai que talvez seja uma boa ter algo da 5 edição

    • É, Guzzon, nós agora dançamos… ;-)

      • Se mantiverem o CB, o encounter builder e a enciclopédia ativas, mesmo sem atualização, já me dou por satisfeito… se derem um desconto por ser edição antiga melhor ainda…. ;)

  7. Robert Schwalb publicou em seu site informações também:

    – Eles pretendem fazer uma versão Universal de D&D, que permita que todos os jogadores de qualquer edição consigam jogar o mesmo jogo, da maneira que eles quiserem. Focando em exploração, ou em combate, ou em intriga ou em qualquer outro aspecto. Possivelmente os livros de qualquer edição poderão ser usados.

    Retirado: http://pontosdeexperiencia.blogspot.com/2012/01/mais-noticia-sobre-proxima-edicao-de-d.html

    Será que com isso a Wizard pretende engolir tb os livros de Pathfinder??????

    • Cara, se isso for certo, a WoTC vai esmagar tudo!! Pense numa jogada inteligente: agregar ao invés de segregar. Incrível, mesmo.

    • Fantástico. Um D&D Universal é a saída pra eles. Eu não duvido que vão conseguir fazer algo muito bom, ainda mais sabendo que Monte Cook está na área.

      E depois, por mais que Pathfinder seja bom, que Old Dragon seja maravilhoso, Dungeons & Dragons é um nome de peso. Se você pode ter tudo isso num livro de D&D…

  8. Eu não sou saudosista, nem mesmo anacrônico, joguei todas as edições de D&D e AD&D e provavelmente vou jogar a 5ª Edição. Gosto da 4ª Edição. Parece MMO? Sim, mas eu jogo MMOs.

    A diferença maior é que pôs o equilíbrio que sempre foi mito num patamar de existência e com as perícias e combates simplificados, pessoas acharam que ficou impossível de se interpretar ou se divertir. Maldita Falácia de Stormwind. O próprio autor do artigo não gosta da 4ª Edição, eu tenho dois jogadores no meu grupo de Eberron 3.5 que odeiam a 4ª Edição.

    Como eu enxergo a 5ª Edição: Ela vai vir para conseguir arrancar algumas pessoas de edições anteriores e talvez um ou outro do Pathfinder. Eu não gosto disso, mas eles estão certos em tentar pra conseguir voltar ao padrão Hasbro de lucro.

    O que mais me impressiona ainda assim são os jogadores da 3.5 que odeiam a 4ª Edição. Eles falam que não é D&D, que é videogame e tudo mais. O mais engraçado é que pra mim a 4ª lembra mais a primeira edição do que a 3.5, fazendo então que ela fosse mais D&D já que é mais próxima do original (Que também possuía cartas com poderes, quem lembra dos feitiços?). Alguns desses jogadores sentem falta do desequilíbrio entre as classes, um por que gostava de ter poder sem esforço jogando de Druida e não dando muita atenção porque mesmo sem esforço o Druida será forte e o outro gostava de reclamar do desequilíbrio por que só joga de Humano Guerreiro ou Bárbaro. O Mago acabou com o combate por sorte como o primeiro da iniciativa “Mago é apelão!”, o Warblade passou o combate inteiro sem levar um golpe “Esse livro todo é roubado!” mas insiste em usar os livros básicos e de vez em quando vir a minha casa pesquisar meus livros (me pedindo ajuda). Acho digno de nota que ele diz que o Character Builder é a coisa mais linda do mundo, mas odeia a 4ª Edição.

    Eu jogo vários sistemas, não sou preso e limitado a um só, se o D&D começar a me enjoar na 5ª, foco mais no GURPS, M&M, Storyteller/Storytelling ou D&D 4ª ou 3.5 entre outros menos conhecidos.

    Pra ser sincero, eu comecei a jogar a 4ª Ed por experiência assim que os livros chegaram aqui em casa, comprei pela internet em inglês porque odeio esperar pela Devir (outro motivo pelo qual as coisas não vão tão bem neste país). Tive a mesma impressão que tive no começo da 3.0, “Tem tão poucas opções, vou ter que esperar mais.” É claro que tem menos opções, acabou de sair. Eu com vários suplementos de AD&D 2ª achei o 3.0 inicialmente limitado. Com vários de 3.5, achei a 4ª limitada e agora com vários da 4ª eu tenho certeza que acharei a 5ª limitada inicialmente. Mas eu sempre olho de novo depois pra ver o potencial do sistema. Eu gosto de opções. Eu não pago R$100,00 num jeans nem a pau, mas dou R$ 150,00 suados por um livro tranquilamente. Adoro livros.

    Agora vou fazer o que creio ser o melhor curso de ação, vou continuar jogando meus jogos, esquecer a 5ª edição até o seu lançamento ou se me chamarem para o playtest. É isso que EU irei fazer, mas cada um faz o que achar melhor.

    • Cursed, acho que a maior “resistência” que surgiu quanto a 4ª edição, é que ela quebrou muitos paradigmas do D&D…

      Antes os papéis existiam, mas não eram declarados, agora são.
      Antes havia combate com miniaturas e mapas e ainda tem, mas agora as pessoas veem isso junto com os poderes que usam movimentação como uma obrigação, e portanto taxam o jogo como jogo de tabuleiro.
      E, na minha opinião, o que mais afetou foi o equilibrio do sistema. Mesmo sem admitir muita gente gostava de jogar com mago, clérigo, druida por serem poderosos, ou com monges e guerreiros por serem “mais dificeis” de jogar…

      Voltar a uma edição mais abrangente, que atende a todos os sistemas anterior, modular é uma tentativa muito interessante para tentar trazer de volta os jogadores antigos e ainda manter os novos.

      • Você sabe que os novos jogadores principalmente adoraram o fato do sistema ser simplificado e não ter aquela diferença gritante de poder entre conjuradores e combatentes. Eu joguei com quase todas as classes básicas da 3.5, excluindo o Tome of Magic, Magic of Incarnum, o Spellthief, o Spirit Shaman, o Marshall e talvez mais alguma de algum livro de cenário ou lugar mais obscuro que eu nunca cheguei a encontrar.

        Paradigmas estão lá para serem quebrados se forem contra o principal de qualquer RPG, a diversão. Eu ficava frustrado com o fato de não poder fazer um Monge que seria o principal atacante do grupo, o que você que joga comigo na 4ª de Monge sabe que é perfeitamente possível agora.

        A tentativa é interessante, por mim, quero mais que dê certo. Entretanto, ainda mais que o playtest aberto só acontecerá na GenCon ou Winter Festival (não lembro) de 2013, eu tenho muito tempo pra me divertir com a 4ª antes de perder o suporte e pararem de lançar material por completo.

    • Aí Cursed Lich, estou com você em parte das opiniões.
      Eu comecei a jogar RPG no ano de 2001 com os 3 livros básicos recém lançados pela Devir da 3ª edição.
      Os grupos que me envolvi eram de jogadores remanescentes de AD&D e D&D 1ª edição (caixa preta da Grow), sistemas esses que no decorrer de minha vida como rpgista também os joguei e comprei livros e a caixa preta da Grow de amigos e tenho hoje como item de coleção esses produtos.
      Os dois primeiros anos jogando 3ª edição foram os melhores para mim, depois a enxurrada de classes de prestígio foi deixando os já então apelões conjuradores como deuses.
      Eu odeio o desequilíbrio da 3ª edição, depois do level 12 o jogo fica incontrolável e em niveis épicos vira uma insanidade, o jogo fica tão lento que deveria ser chamado de RPG do Rubinho Barrichelo, a matemática é tanta que é digna de um curso de física de faculdade federal.
      A 4ª edição também é lenta, mas é de longe mais rápida que a 3ª edição e com menas matemática chata.
      Os grupos que eu jogo migraram para a 4ª edição em massa e gostaram muito, eles também jogaram paralelamente o Pathfinder.
      Pathfinder possue ótimos suplementos e boas idéias, mas não resolveu os problemas da 3ª edição e o pessoal parou de joga-ló.

      Então 4ª edição é melhor que 3ª edição ? a resposta é pessoal de grupo para grupo de acordo com as necessidades que cada um aprecia, não é questão de ser melhor, é questão de agradar o seu gosto.

      Nos grupos que joguei que englobam mesas separadas e mais de 20 pessoas, somente duas preferem a 3ª edição.
      Como já joguei todas as edições, a 4ª edição é a que preencheu o que eu buscava no RPG em estilo heroico.
      Como Mestre a 4ª edição é sinônimo de paraíso, simplicidade em criar aventuras, ferramentas excelentes.
      A 4ª edição, como qualquer edição também possue coisas das quais não gosto, porém possuí mais “superavit” das coisas as quais gosto.

      • Mourisse, perfeito para mim esse seu comentário. Assino embaixo! :-)

        • Não conheço muito Pathfinder, mas sempre falaram que ele tinha resolvido justamente esse desequilíbrio de classes. Mas concordo com você quanto ao desequilíbrio da 3.0 e até da 3.5, chega lá no 12º nível acontece começa a acontecer o que você escreve. Guerreiro brocha geral… Conjuradores viram deuses mesmo, porque magia permite produzir qualquer coisa, enquanto as classe físicas se resumem às suas armas e técnicas de combate.

  9. Hum ?!?!

    “Para criar, com a ajuda de seus fãs, um “conjunto de regras universais”, que unifica todos os jogadores em um único sistema.” … Eu li “GURPS” no meio desta frase?

    5ed!! … eu me lembro de conversar com membros do meu grupo quando a 4ed foi lançada que ela seria substituída por uma 5ed em não muito tempo … e finalmente aconteceu.

    O que realmente me trai no RPG são as possibilidades que podemos ter ao jogar, não importa o sistema, literalmente tudo é possível.
    Para ser cincerro eu não gostei da 4ed de D&D (mas amei a 4ed de GURPS) … mas gosto eh algo pessoal e cada um tem o seu.
    Como disseram, eu não me importo de jogar um sistema ultrapassado que não tem mais suporte, em matéria de D&D eu gosto do 3.5 do jeito que esta [obviamente lançando mão de uma ou outra “house-rule” aqui e ali] e como já disseram em outro comentário quando enjoamos de D&D jogamos outro sistema [CBP2020, SHD, GURPS, JC] sem problemas.
    Tive a oportunidade de ler os livros básicos da 4ed, algumas mudanças [principalmente no sistema de magias] inspiraram algumas “house-rules” que utilizamos em nossas partidas de 3.5 … mas não adotamos o sistema inteiro por 2 motivos: 1° Na unanimidade os membros do grupo preferem a 3.5 (só um gostou mais da 4ed), 2° O GRUPO investiu ao longo de anos uma quantia significativa na compra de livros e suplementos [mais de 100 livros] e não estamos dispostos a faze-lo novamente com um sistema que não gostamos 100%.

    Para finalizar, apoio a decisão da Wizads em fazer a 5ed pelo bem do nosso hoby … Vou utiliza-la? Não sei! … Mas se ela vier para revitalizar o RPG e atrair novos jogadores/consumidores vale a tentativa…

  10. Acho que a Wizards não deveria lançar edições com um intervalo de tempo rápido demais… é claro que ela precisa vender um produto, mas, um core bom pode sustentar suplementos por vários anos. O que eu percebo como um possível problema é: em um ou dois anos teremos D&D 4.0, D&D 5.0 e Pathfinder no mercado? Alguns anos atrás seria impensável que o “D&D” estivesse competindo contra o próprio “D&D” ao invés de dizimar os outros sistemas…

    Isso pode se consolidar se o suporte da 4ª ed for mantido, porque existem fãs dessa versão que não teriam motivos para migrar tão cedo. Acredito que muitos fãs de Pathfinder estão muito satisfeitos com o que tem em mãos e o consideram tão D&D quanto os livros da linha da Wizards.

    Ainda assim, quando o artigo comenta sobre a possibilidade do narrador escolher os conjuntos de regras que ele acha mais interessantes, eu começo a imaginar aqui um livro de regras básico que pende muito mais para o lado do Unearthed Arcana do para o Livro do Jogador, isso é, um livro absolutamente genérico com sugestões de regras variantes, então o narrador escolhe quais ele vai querer.

    • Sim, mas se for o que eles estão prometendo ( se os boatos forem verdadeiros) a 5ª edição será um plus na edição que você possuir. Aí o desânimo inicial que eu tive transformou-se em curiosidade. Se eles forem inteligentes a “curiosidade” se tornará ansiosidade e posteriormente uma necessidade para quem quer espandir as possibilidades de jogo. Ou seja, de AD&D às edições mais atuais, como já estamos imaginando.

      Sim, acredito que será como você disse, deve haver pelo menos um livro genérico, tipo Compendium…

      Já pensou, você com sua 3.5 podendo se atualizar com livros fresquinhos e continuar com sua 3.5? Particularmente estou achando a jogada das jogadas, se isso se concretizar, lógico.

      Estou pensado nos livros de cenários para atenderem essa demanda: muito lore e, ao final, tabelas de regras para cada sistema.

      Progredindo nesse caminho as possibilidades são infinitas. A única coisa que censuro logo de cara é a arte, que segundo as informações lançadas, serão realizadas por uma equipe especializada em ilustrações de MMO. Não gosto muito do colorido, embora “aceite” as ilustrações dos da 4ª edição (o’Connor)

  11. Vou falar sobre a 6ª edição blz?

    Bem, ela não vai acontecer!

    Depois do insucesso da 5ª perante o pathfinder a wizard vai vender os direitos do D&D para a Paizo.

    Depois me cobrem.

  12. D&D é maior que a Wizards, ou, a Wizards é maior que o D&D? :P

  13. Me impressiona que pessoas reclamem de comprar meia duzia de livros a cada 3 4 ou 5 anos para jogar e reclame.
    Jogador de RPG reclama que muitos migraram para eletronicos, mas esse mercado consome muito mais que RPG. Compram dezenas de jogos e nao reclamam que as empresas lançam novos titulos e na verdade esperam sempre novos lançamentos.

    “E agora o que vou fazer com os livros que comprei?” ora bolas vai jogar se quiser e se nao quiser compra os novos.

    Voce gasta dinheiro para comer todo dia e nao reclama de fazer coco….

    E a 5th provavelmente nem se chamara 5th…. e pode ser que poderemos utilizar os livros das ediçoes antigas.

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