Kalymba é um RPG de ação e aventura épica inspirado nas culturas e mitologias do continente africano. Embora não tenha a pretensão de retratar fielmente realidades históricas e sociais, esse cenário fantástico traz à mesa de jogo a essência da cosmovisão africana, propondo-se a desbravar temáticas ainda pouco exploradas e lançar um novo olhar sobre a fantasia clássica como um todo. Ademais, o livro oferece um sistema de regras dinâmico e intuitivo, ótimo para iniciantes, mas suficientemente robusto para sustentar campanhas de longa duração.
Desenvolvido ao longo de 6 anos por Daniel Pirraça e equipe, Kalymba tem o potencial para se tornar um dos maiores e melhores RPGs de afrofantasia já criados – e, a partir de agora, você também pode fazer parte disso, ajudando a torná-lo realidade.
A trama central de Kalymba tem como foco Aiyê, uma terra vasta e cheia de beleza e diversidade, criada e regida pelos orixás, deuses antigos cujos poderes estão além da compreensão dos mortais. Esse continente, separado do mundo dos espíritos ainda no princípio dos tempos, abriga tanto os seres humanos quanto um sem-número de criaturas fantásticas – algumas bestiais, outras tão inteligentes e ambiciosas quanto o homem, capazes de desenvolver suas próprias culturas e fundar grandes civilizações. A magia é parte do cotidiano da vasta maioria dos povos, possível através do uso do axé, a energia mística que permeia o universo e que pode, através das palavras, transformar pensamento em realidade.
Mas nenhum deus, rei ou feiticeiro pôde prever ou evitar os males que, durante as eras, se abateram sobre o mundo, afogando-o em sangue, água e corrupção – as Hecatombes, cataclismos atrozes decorrentes do desequilíbrio entre as forças do universo somado ao mau uso dos poderes divinos. Logo o mundo mergulhou em trevas, e toda a vida e beleza outrora abundantes quase sucumbiram perante o ímpeto destrutivo do Caos Exterior e do Senhor das Profundezas. Hoje o universo já caminha rumo a uma terceira Hecatombe, mas a civilização, em frangalhos, ainda tenta se reerguer.
Tribos e reinos batalham entre si por soberania e recursos materiais; exploradores e estudiosos desbravam as ruínas dos antigos impérios caídos, buscando riquezas e conhecimento. Caçadores tentam extrair da natureza hostil o seu sustento, e heróis corajosos enfrentam as monstruosidades devoradoras de gente que estão sempre a espreitar. Seja sob o sol escaldante da savana, entre as árvores gigantes de Mádaga ou mesmo no fundo do mar, a vida em Aiyê é difícil. Somente os mais bravos dentre os mortais se dispõem a lutar por ideais que ultrapassem o mero instinto de sobrevivência. Esses, agarrados à fé nos orixás e à esperança de um futuro melhor, apontam suas lanças, flechas e mandingas contra as forças do caos, destinados a se tornarem lendas – ou, se falharem, reles cadáveres esquecidos sob as areias do Deserto-sem-fim.
Além do cenário, Kalymba contém seu próprio sistema de regras, construído sobre os pilares do sistema +2d6, de Newton Rocha [vulgo Tio Nitro], cujas mecânicas se baseiam inteiramente em dados de seis faces [D6]. Os jogadores, aqui chamados de Protagonistas, criarão seus personagens por meio da distribuição de pontos entre Atributos, Perícias e Habilidades Especiais, além de escolherem uma dentre as diversas raças fantásticas disponíveis. Ao contrário da maioria dos RPGs de fantasia épica, Kalymba não possui classes pré-definidas, cabendo aos Protagonistas escolher quais capacidades e incapacidades seus personagens terão.
As mandingas, como parte essencial do cenário, têm suas próprias mecânicas. Há uma extensa variedade delas, separadas em seis caminhos mágicos que os conjuradores podem dominar. Por meio das mandingas é possível realizar desde pequenas simpatias – como ver através de paredes e curar caganeira – até manifestações grandiosas de poder – como reanimar defuntos e transformar-se em bicho. Com a força do axé, expressa mediante o poder da palavra, os feiticeiros mais habilidosos são capazes de tornar seus pensamentos e desejos em realidade.
O sistema de progressão é simples e gratificante. Conforme avançam em sua jornada, os personagens acumulam pontos de experiência [XP] e evoluem, passando pelos níveis Moleque, Valente, Veterano, Herói e Lenda [subdivididos em 4 graus cada um], o que permite que aprimorem cada vez mais suas habilidades e características. Por não depender de combate [não se recebe XP por simplesmente lutar e matar monstros], a mecânica de níveis de Kalymba dá suporte para todos os tipos de personagens, desde guerreiros corajosos a diplomatas pacifistas. Apesar disso, o livro oferece uma grande variedade de criaturas míticas para enriquecer a jogatina. Muitas delas são inspiradas diretamente em seres fantásticos do folclore africano, pouco conhecidos no imaginário popular, mas agora adaptados a uma linguagem moderna e representados em ilustrações inéditas.
Logo a seguir, você encontra o link que dá acesso ao fastplay gratuito de Kalymba RPG. Trata-se de uma prévia do livro básico que oferece um resumão compacto das regras fundamentais do jogo, além de uma breve introdução ao cenário. Curioso(a)? É só baixar e conferir:
Kalymba RPG teve a meta básica de seu financiamento batida em apenas meia hora e várias metas extras já foram batidas no primeiro dia! Para participar desse fantástico financiamento coletivo, basta ir no link abaixo. Confira também o vídeo de apresentação logo a seguir: