GURPS acabou no Brasil: Hora de buscar outro sistema?

Há algumas semanas, a Devir respondeu através do seu Twitter que não publicaria mais suplementos de GURPS. Perguntei através do Facebook da editora e eles confirmaram essa informação depois de algum tempo.

Mas o que significa isso?

Significa que, na prática, a linha do GURPS foi descontinuada no Brasil. Os produtos que foram lançados continuarão sendo vendidos, os dois básicos, e só. Dificilmente uma nova tiragem desses básicos será lançada e se um dia eles esgotarem, acabará de vez.

Eu também tentei entrar em contato com a Steve Jackson Games, para saber como estava a situação da licença do jogo, mas não obtive resposta. Já faz muito tempo que o principal produto da empresa é o card game Munchkin – que no Brasil passou a ser lançado pela Galápagos – e o GURPS se tornou uma linha secundária.

Eu não vou entrar aqui nos méritos e deméritos do sistema. Se ele é datado ou não, se é complicado ou não. Mas talvez seja hora de dizer o óbvio ululante, que alguns já perceberam há algum tempo: o GURPS acabou no Brasil. E lamentamos ter que dizer isso aos fãs do sistema, que são muitos, mais de dois mil só no grupo do Facebook.

Se você domina o inglês, pode continuar comprando os suplementos no idioma original. Ou até mesmo continuar seus jogos com as possibilidades que os dois básicos oferecem e ter o suporte dos outros jogadores fãs do sistema. Afinal, tendo os livros e imaginação, você pode jogar com o seu sistema/RPG favorito pelo resto da sua vida! Mesmo que o seu sistema/RPG favorito seja considerado “ultrapassado” pelos demais jogadores, em relação a outros jogos mais atuais e com lançamentos mais frequentes.

Mas você também pode buscar outras possibilidades, outros sistemas que podem ser genéricos e que têm suporte no mercado brasileiro de RPG, como o Savage Worlds e o Fate.

Ou pode esperar que, um dia, alguma outra empresa pegue a licença do GURPS e volte a lançá-lo em português. Mas eu sugiro esperar sentado por isso.

A escolha é sua.

Por Marcelo Telles
Coordenador da REDERPG