EPIFANIA: Deuses em Nós RPG (resenha)

Hoje iremos falar um pouco de um jogo que vai prender a sua atenção e garantir uma nova experiência ao jogar RPG. Estamos falando do jogo EPIFANIA: Deuses em Nós, escrito por Marcelo Telles e publicado pela New Order Editora. O jogo traz consigo a proposta de apresentar deuses vivendo na sociedade entre nós após despertarem de seu Simulacro, estágio em que foram mantidos “selados” misteriosamente, vivendo meras existências mortais, sem saber quem realmente são. Desconhecendo o verdadeiro porquê de sua prisão, eles despertam e tentarão ascender novamente.

O que faz de EPIFANIA um jogo diferente?

Primeiramente, além de sua temática apresentar uma visão diferenciada da figura do divino, possui uma proposta de jogabilidade diferenciada por não necessitar de fatores randômicos para jogar. Ou seja, os jogadores não utilizam dados ou qualquer outra coisa para realização das ações, a mesma acontece a partir da construção coletiva e colaborativa entre jogadores e Narrador. Mas como jogar sem dados? Através da construção colaborativa, os jogadores vão criando sequências lógicas a partir da construção de seus personagens simulando assim uma realidade inconsciente, e o uso de recursos que podem ser gastos para aumentar ainda mais os efeitos de seus poderes divinos.

Quem são os personagens de EPIFANIA?

EPIFANIA tem como cenário o mundo contemporâneo, formado por seus diversos universos e distorções que formam o Multiverso. Nesse Multiverso, você é um Primordial ou uma outra divindade que está adormecida em um corpo humanoide através do Simulacro, uma espécie de “prisão”, que ao ser quebrado vai permitir que o ser que está adormecido desperte e libere seus poderes, e a partir disso ascender novamente no Multiverso.

Como é a Criação de personagens em EPIFANIA?

Uma vez definido qual será o panteão, cada jogador constrói o deus com o qual jogará.

Cada um escolhe um Domínio Primário diferente dos demais personagens. O Domínio Primário é o principal poder de uma divindade, o “deus do que” o personagem é, o tema sobre o qual reina o seu ser divino.

Além do Domínio Primário, cada personagem tem um Domínio Secundário, um outro tema com o qual ele lida, mas não de forma tão absoluta quanto o seu Domínio Primário. E depois cada um escolhe uma das cinco Dádivas, que são poderes menores, de usos mais específicos.

Definidos os Domínios e a Dádiva, cada jogador escolhe uma Virtude, pelo menos uma Paixão (podendo escolher mais duas até o total de três Paixões) e uma Afinidade, que é um “grupo de perícias e conhecimentos” que o personagem domina.

Feitas essas escolhas, cada jogador distribui de 10 a 12 pontos (dependendo da quantidade de Paixões que escolheram) nos três Aspectos – Corpo, Espírito e Mente – e em Poder, além de poder comprar mais Afinidades, caso queiram. Lembrando que antes dessa distribuição de pontos de criação de personagem, cada personagem já começa com 1 ponto em Corpo, Espírito, Mente e Poder.

Por fim, todos os personagens começam com 1 ponto de Drama e 1 ponto de Destino, que afetam a narrativa quando são gastos.

Quais deuses podemos adaptar para Epifania?

Tanto o sistema como a própria lore do jogo te permitem trazer para a sua história deuses de qualquer mitologia como, por exemplo, adaptar Os Eternos, Deuses Americanos do Neil Gaiman e até mesmo aproveitar o hype de The Sandman (N.E.: Em breve teremos um artigo adaptando Sandman para EPIFANIA).