Bestiário Africano (Parte 2 de 3)

Conforme prometido, após criar uma lista de criaturas de folclores e mitologias sul-americanas, apresento-lhes a lista de seres fantásticos dos folclores e mitologias africanos. Totalizando 101 criaturas, ela é dividida em três partes. Por favor, aproveite e se inspire.

Quase esqueci de dizer: esta lista foca nos folclores e mitologias da África, deixando de lado criaturas originárias do Antigo Egito ou da Arábia, como os gênios. Eu quis descobrir justamente o que é pouco conhecido.

35) Ibini Ukpabi (História da Confederação Aro, na atual Nigéria) – Um oráculo cujo nome significa “Tambor do Deus Criador”. O objeto era usado para resolver casos de assassinato, bruxaria, envenenamento e disputas familiares. Os sacerdotes do oráculo tinham o hábito de vender à escravidão quem perdesse nos julgamentos. Houve quem dissesse que os sacerdotes falsificavam os vereditos do oráculo para adquirir vítimas. Centenas de pessoas visitaram o templo; muitas não voltaram. As comunidades de origem acreditavam que o oráculo devorava quem o visitava.

36) Ilomba (Folclore Lozi, Zâmbia) – Uma serpente marítima criada por um feiticeiro. Os ingredientes são: unhas; sangue da testa, costas e peito; ervas mágicas; tudo misturado em uma panela. O resultado é jovem e deve ser alimentado com ovos e mingau para crescer. O seu propósito é matar quem o feiticeiro manda; a vítima, quando picada, vê uma cobra com o rosto do feiticeiro. Outras pessoas veem uma cobra comum. A criatura consome a alma de quem ela morde. Criá-la traz riscos: se a cobra é morta, o seu criador também morre e vice-versa. Uma Ilomba faminta é capaz de devorar o feiticeiro que a criou, mas se ele matá-la ou destruí-la, será assombrado pelas almas que a Ilomba consumiu.

37) Indombe (Folclore do Congo) – Uma cobra titânica feita de cobre, com vários quilômetros de comprimento. O seu corpo brilha vermelho devido ao calor que emite; o seu toque queima. Ela vive há inúmeros anos, podendo ter então conhecimentos que ninguém mais tem. Quando ela se enfurece, solta um rugido e gera chamas que iluminam uma floresta inteira. É curioso que o fogo dela parece queimar só o que ela quer, pois ela consegue se enrolar em árvores sem carbonizá-las. Indombe é capaz de engolir todos os habitantes de uma aldeia. Quem a matar deve devorá-la sem deixar nenhum pedaço sobrando, ou a cobra se torna um fantasma. É curioso que neste estado, ela não assombra quem a matou, mas reconhece a superioridade do vencedor e o guia até uma aldeia linda e livre de doenças onde as futuras gerações do vencedor podem viver.

38) Inifwira ou Nyuvwira (Folclore do Distrito de Chitipa, na República de Malawi) – Uma enorme serpente de oito cabeças que habita áreas ricas em minerais, especialmente aqueles usados como dinheiro. Também vive em colinas, dentro de minas. Ela pode fazer com que aviões caiam, e se você tiver um pedaço da pele dela no seu bolso, o avião onde você está não consegue partir. Ela emite alguma espécie de gás venenoso e consegue gerar eletricidade, brilhando à noite. Um método descrito para matá-la é através de uma armadilha: deve-se construir uma casa redondas cujas paredes, vistas de cima, são espiraladas como o interior de uma concha. No chão desta casa, deve-se colocar uma série de navalhas, para que a cobra entre na casa mas se corte toda quando chegar no centro da espiral e tente sair.

39) Inkanyamba (Mitologia Zulu, África do Sul) – O nome que os zulus dão para o tornado, que para eles é uma divindade feminina. As suas representações são na forma de longas serpentes, porque, para os locais, um tornado se parece com uma cobra descendo dos céus para tocar a terra. Os domínios de Inkanyamba são a tempestade, água e o granizo.

40) Intulo (Folclore Zulu) – Mistura de homem e lagarto ou jacaré. Os nativos da província de Kwalulu Nata acreditam que ele é um mensageiro da morte, enviado pelo deus supremo para chamar aqueles que estão para morrer.

41) Irimu (Folclore Wachaga) – Um termo que significa “canibal”, aplicado a mais de uma criatura. A primeira é um homem leopardo, que pode assumir tanto uma forma humana quanto se tornar um leopardo por completo. Uma história descreve o Irimu como tendo dez rabos. Outra diz que é possível descobrir se a pessoa é um Irimu porque ele tem uma segunda boca na nuca, escondida pelo cabelo. O outro tipo de Irimu é um homem que quebrou um tabu, e devido a isso se transformou: arbustos espinhentos brotaram do seu corpo. Ele então vagou pela região, engolindo tudo e todos que cruzavam o seu caminho. O seu irmão consultou um adivinho, que o aconselhou a incendiar os espinhos. Ele fez isto e conseguiu restaurar o Irimu à sua forma humana original.

42) Iroko (Folclore da costa oeste africana) – Esse é o nome de uma árvore que vive até quinhentos anos. Também é chamada de uloho e odum. Já os Yorubás a chamam de írókó, logo ou loko, acreditando que ela tem características sobrenaturais: ela é habitada por um espírito que, caso seja visto, causa insanidade e morte. Alguns evitam a árvore; outros lhe servem oferendas. Os Yorubás também acreditam que quem derrubar uma árvore Iroko sofre grande azar, assim como a sua família. Além disso, é dito que, em uma casa que use madeira da Iroko, é possível ouvir a voz dela, pois o espírito está preso na estrutura.

43) Isitwalangcengce (Mitologia Bantu) – Também chamado de “Monstro da cesta”. A razão é que ele tem uma cesta no lugar da cabeça, enquanto o resto do corpo é humanoide. Quando se abate um boi, as mulheres carregam cestas para receber uma parte da carne. O monstro as ataca na volta para casa, agarrando-as e colocando-as na sua cabeça-cesta. O Isitwalangcengce então vai jogá-las no desfiladeiro mais próximo. Depois disto, ele desce lá embaixo para comer o cérebro delas.

44) Iskoki (Mitologia Maguzawa) – A religião dos Maguzawas inclui um número infinito de espíritos chamados Iskoki, o singular sendo Iska. A religião possui cerca de três mil Iskoki individuais. A tradução literal desta palavra é “ventos”. Contudo, as crenças a respeito destes espíritos se misturaram com crenças islâmicas e eles se tornaram Al-Jannu, traduzido como “gênios”. Os Iskoki estão divididos em duas categorias principais: os Gona, “espíritos da fazenda”, que são espíritos domados e de fácil manipulação; e os Daji, “espíritos selvagens”, indomados e que são difíceis de serem contatados.

45) Itowe (Folclore Ajaua) – Gnomos que, apesar de serem humanoides e terem duas pernas, andam de quatro. Eles roubam comida das hortas e fazem com que abóboras apodreçam. Se eles encostam em uma fruta ou vegetal, o mesmo fica amargo. Para impedir os Itowe de fazer tudo isso, os Ajauas colocam alguns vegetais em cruzamentos, uma forma de oferenda.

46) Izimu (Folclore Zulu) – A palavra pode ser traduzida como “canibal”, mas, para os Zulus, ela significa algo mais: seres que já foram humanos mas deixaram de ser ao adotarem o canibalismo por prazer em vez de necessidade. A aparência dos Izimu varia conforma quem conta, mas todos parecem concordar que eles podem se transformar em seres humanos, se é que já não se parecem com eles. Os Zulus e os Ambundu dizem que é possível reconhecer um Izimu pelo cabelo longo e malcuidado: algo muito óbvio para povos que, ou raspam todo o cabelo, ou o moldam em formas elaboradas.

47) Homem Branco (Oeste da África) – O explorador escocês Mungo Park encontrou um grupo de escravos em 1797, em uma cidade chamada Kamalia. Eles estavam aterrorizados, pois acreditavam que a razão de homens brancos comprarem tantos escravos era para devorá-los.

48) Kalonoro (Folclore de Madagascar) – Anões ou gnomos selvagens vivendo nas montanhas de Marojejy. Eles são descritos como sendo bizarros e/ou assustadores, mas os únicos detalhes da sua descrição é de que tem pés virados para trás e olhos brilhantes como brasa.

49) Kalunga (Folclore dos Ambundus, de Angola) – A palavra pode significar tanto “Morte”, “Rei do Submundo” ou “Rei do Mar”. O último significado tem a ver com o temor que o oceano traz aos Ambundus, especialmente quando se considera que eles viram milhares e mais milhares de africanos serem levados nos navios e nunca mais voltarem. Apesar do terror que a noção de morte traz, Kalunga não faz o que faz por prazer, mas encara como um dever a ser cumprido.

50) Kinoly (Folclore de Madagascar) – Um tipo de morto-vivo. Ele se parece com um ser humano, exceto pelas seguintes características: o estômago e intestinos apodrecem e somem, assim como a pele que os cobria, deixando um buraco no lugar; os olhos são vermelhos; as unhas são longas. Os Kinoly constantemente roubam arroz, cru ou cozido, apesar de que não parecem ter como comê-lo. Eles também arrancam os fígados das pessoas.

51) Kishi (Folclore Angolano) – Um demônio de duas faces. Visto de frente, é um homem atraente e charmoso, que atrai mulheres jovens. Mas a nuca esconde o rosto de uma hiena, com o qual ele devora a sua vítima. Este segundo rosto tem dentes longos e afiados, assim como mandíbulas tão fortes que é impossível desprendê-las de algo que tenha mordido.

52) Khodumoduno (Lenda dos Sutos) – Este ser também é chamado Kanmapa. Certa vez, uma coisa disforme e gigantesca surgiu na região, engolindo todas as pessoas e animais no caminho. Uma mulher conseguiu se camuflar e escapar do monstro. Ela estava grávida e logo deu à luz. Ela foi buscar por uma cama para o bebê, mas quando voltou, encontrou um homem adulto com duas ou três lanças na mão e um cordão de ossos usados para adivinhação em volta do pescoço. Ele disse que era o seu filho e perguntou onde estavam as pessoas, o gado e os cães. Após lhe contar, ela o levou até a entrada do vale, onde Khodumoduno havia ficado preso. Ele já estava tão imenso quanto uma montanha. O bebê crescido, chamado Ditaolane, conseguiu usar de sua agilidade para evitar ser engolido pelo monstro, enquanto o perfurava com as suas lanças. Ele conseguiu matar o monstro e ainda por cima, usou uma faca para abri-lo e libertar todos os seres que foram engolidos. Ditaolane foi celebrado, recebendo tantos presentes na forma de gado que logo tinha um grande rebanho. Ele também adquiriu diversas esposas e até construiu o seu próprio kraal (um tipo de aldeia africana). E assim tudo ficou bem, por um tempo.

53) Kongamato (Folclore kiiKaonde) – O nome significa “Aquele que sobrepuja os barcos”, pois a criatura tem o poder de fazer com que as águas de um rio parem de fluir, subitamente aumentando a água em um vau e portanto afogando quem tenta passar, tanto a pé quanto de barco. Ele é descrito como uma espécie de “lagarto com as asas membranosas de um morcego”, o que faz alguns pensarem nele como um pterodátilo. A sua cor é vermelha e a envergadura das asas é de entre um metro e vinte a dois metros. O bico tem dentes. Os nativos dizem que muitas poucas pessoas sobrevivem a um encontro com um Kongamato. Também ressaltam que ele é invulnerável, comendo quaisquer projéteis disparados contra o mesmo. Devido ao fato de que ninguém jamais encontrou a carcaça de um Kongamato, os nativos acham que ele é imortal. Eles não o consideram algo sobrenatural, mas algo semelhante a um leão comedor de homens ou um elefante furioso, embora muito pior. Há quem acredite que, caso um barco fique parado na água, não importando o que o remador faça, é porque um Kongamato o está segurando por baixo. Também se fala que o monstro come apenas os dedinhos dos pés e das mãos, os lóbulos das orelhas e as narinas da vítima.

54) Kumpo (Mitologia Diola) – Cada aldeia realiza diversos festivais ao longo do ano. O Kumpo é uma pessoa vestida em folhas de palmeira e com uma bandeira em um galho na cabeça. Ele dança por horas e fala um idioma secreto, comunicando-se com a audiência através de um intérprete. O seu papel é encorajar a comunidade a agir pelo bem de todos. Também deseja que todos se alegrem durante o festival. Não participar do festival é visto como um comportamento antissocial. Ser solitário não é um direito entre os Diolas, todos apreciam a música e dançam. Não se deve saber a verdadeira identidade do Kumpo. Aliás, ele é considerado um fantasma, não uma pessoa. É tabu encostar nele, ou até mesmo nas folhas de palmeira que o cobre. Ao final da festa, ele dá adeus a todos e se refugia no bosque sagrado local.

55) Linkalankala (Folclore do povo Barotse, atual Zâmbia) – Familiar de um feiticeiro ou bruxo. Composto de um casco de tartaruga preenchido por uma mistura de raízes carbonizadas e gordura. Nesta mistura se prende uma adaga ou faca, com a lâmina saindo de onde ficaria a cabeça da tartaruga. O familiar se move à noite para apunhalar a pessoa indicada pelo bruxo. Às vezes, o Linkalankala apenas aponta a lâmina na direção da sua vítima, enfeitiçando-a em vez de matá-la.

56) Lukwata (Folclore Baganda) – Significa “serpente aquática”. A criatura supostamente viveria no lago Vitória. O seu comprimento seria entre seis e nove metros. A pele seria negra e macia, enquanto a cabeça seria arredondada. O monstro atacaria pescadores e barcos. Partes do Lukwata teriam poder mágico e poderiam ser usadas como relíquias no leste da África.

57) Maithoachiana (Folclore Quicuio) – Anões canibais. Eles são ricos, ferozes, sensíveis em relação à própria altura, ferreiros habilidosos, vivem em cavernas e usam lanças. 

58) Mangabangabana (Folclore Baronga) – Um povo fantástico que tem só uma perna e asas. Alguns os consideram um tipo de meio-homem, visto abaixo.

59) Mbirhlen’nda (Folclore Nigeriano) – Um espírito que habita um fetiche, geralmente dentro de um altar ou templo. O seu papel é proteger a comunidade local contra a força destrutiva chamada Shuuta, que age contra pessoas que cometem maldades. Shuuta é como um furacão, gerando ventos que destroem tudo no caminho. Mas esta força também atinge pessoas que não fizeram nada de errado, então os fetiches contendo Mbirhlen’nda são necessários. Para garantir a sua proteção, as pessoas fazem oferendas frequentes aos fetiches.

60) Mbulu (Folclore Xhosa e Zulu) – Um demônio quase idêntico a uma pessoa. O que o distingue é um rabo muito longo cuja ponta tem uma boca com dentes afiados. Este rabo tem uma vontade própria e é guloso, sendo capaz de caçar e comer coisas como ratos, o que pode às vezes atrapalhar os planos do Mbulu.

61) Mdi Msumu (Folclore Wachaga) – Uma árvore misteriosa. Certa vez, uma garotinha chamada Kichalundu caiu em um buraco. Os seus companheiros não conseguiam puxá-la de volta, e ela desapareceu. Eles escutaram ela cantando, “Os fantasmas me levaram. Vão e contem para o meu pai e a minha mãe”. Todo o povo local se reuniu ao redor do buraco, e, apesar dos conselhos de um adivinho e um sacrifício, não conseguiram resgatá-la. Mas onde ela desapareceu, uma árvore surgiu, tão alta que alcançava os céus. Os garotos cuidando do rebanho descansavam na sombra desta árvore. Certo dia, dois deles resolveram subir nela para alcançar “Wuhu, o Mundo Acima”. Desde então, a árvore foi chamada Mdi Msumu, que significa algo como “Árvore da(s) História(s)”.

62) Meio-Homem (Folclore Zulu e outros) – Existe um tipo de criatura recorrente em diversos povos africanos, os “meio-homens”. Existem variações regionais, mas o básico é que são como humanos, mas tem apenas um olho, um braço e uma perna. Alguns dos seres chamados Amazimu são assim. Há o caso do Chiruwi, presentes na primeira parte desta lista. Outros seres semelhantes são os canibais Amadhlungundhlebes; e o Sechobochobo do folclore Baila, um tipo de duende da floresta que traz boa sorte a aqueles que o veem. Ele também ensina pessoas sobre quais plantas são medicinais.

63) Migas (Folclore do Congo) – Um monstro vivendo nos rios. Achatado, gigantesco e com tentáculos longos. Qualquer um ou qualquer coisa que chegasse muito perto era agarrada pelos tentáculos e levada ao seu lar submerso, para ser devorada.

64) Mokéle-mbêmbe (Folclore do Congo) – Um monstro temido pelos nativos. Existe mais de um, e eles habitam os rios maiores, como o Ubangi, Sanga e Ikelemba. Mokéle é descrito da seguinte forma: pele sem rugas e de uma cor marrom-acinzentada; do tamanho de um elefante; pescoço longo e flexível; um único dente, ou chifre, muito longo; um longo rabo musculoso. Foi dito que canoas que cheguem muito perto são atacadas, os ocupantes mortos, mas a criatura não come os corpos, pois é um herbívoro. Vive me cavernas escavadas pelas correntezas nas margens argilosas dos rios. É um ser famoso na criptozoologia, uma pseudociência que busca criaturas desconhecidas como o Pé Grande. Muitos criptozoologistas acreditam que seja uma espécie de dinossauro.

65) Moselantja (Folclore de Botsuana) – Humanoide, mas é coberto de escamas, tem olhos pequenos e malvados, e um rabo muito longo que termina em uma boca com dentes afiados. Ele se aproxima silenciosamente de pessoas que estão sozinhas e próximas do rio, até ficar próximo o suficiente para respirar fundo no pescoço da vítima. Aí ele começa a sussurrar mentiras no ouvido dela. Se a pessoa olhar para o Moselantja, ele não vai embora até conseguir o que quer. Isto pode ser um favor, joias, roupas ou outros objetos. Ele usa de bajulação e medo para manipular a vítima. Este monstro é guloso, devorando toda a comida que conseguir, usando o rabo para procurar o que estiver escondido ou até pescar caranguejos.

66) Mpakafo (Folclore Betsileo de Madagascar) – Um tipo de vampiro que arranca e devora o coração e fígado de quem ele ataca. Os Mpakafos são altos e de pele branca, então pessoas brancas e altas, como o antropologista Conrad Kottak, já foram confundidas com estes vampiros.

67) Mukunga M’bura (Folclore Quicuio) – Para este povo, o arco-íris é um monstro aquático, que sai da água à noite para devorar gado.

Primeira parte: rederpg.com.br/2020/10/21/bestiario-africano-parte-1-de-3/

Bruno Kopte é membro da equipe REDERPG. Junto com Felipe Salvador, desenvolve o cenário de fantasia Atma, encontrado aqui.

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