Neo-Guanabara, a cidade do futuro está entrando em sua última semana de financiamento coletivo. Ele é um RPG de mesa cyberpunk tropicália focado em artes marciais cibernéticas e alteração da cidade titular pelas ações dos jogadores. A arte, o tom e o senso estético estão sendo feitos pela artista Daniele Cruz, e as mecânicas e a escrita do jogo estão sendo produzidas por Arthur De Martino (autor de Intergalactic Lucha Libre League). Um ‘remix’ de um cenário que sequer existe foi como Neo-Guanabara foi construído.
Este RPG usa Mecânicas inspiradas em jogos como Icons, Shadowrun: Anarchy e Marvel Heroic Roleplaying. Apesar disso, o sistema é totalmente original mesmo que seja fortemente inspirado pelo sistema Cortex Prime.
O jogo em si é focado no que chamamos de “Mini-Campanhas”. A ideia é que as sessões de jogo vão sempre marchando a um começo, um meio e um fim, e após isso os jogadores gastam recursos acumulados em tais sessões para moldar a cidade de Neo-Guanabara, evoluir seus personagens ou ainda criar novos usando os novos recursos adquiridos ao transformar a cidade com suas ações.
O tom do jogo e a maneira que o sistema foi construído lembram jogos eletrônicos de pancadaria dos anos 1990, como Streets of Rage ou Final Fight. Cada sessão tem um ar de Aventureiros do Bairo Proibido, onde o grupo de jogadores vai parar em um local da cidade de Neo-Guanabara onde uma guerra estranha está ocorrendo entre múltiplas facções e com seus punhos eles abrem caminho para seus objetivos.
Em vez de tiroteio e armas hi-tech comumente vistas em jogos cyberpunk, o foco aqui é em artes marciais cibernéticas, que transformam o corpo do personagem em uma arma em si.
Agora, não seria cyberpunk sem “punk” certo? Sem querer dar spoilers, mas podemos dizer que a escolha do jogo ocorrer em uma cidade inspirada no Rio de Janeiro e o conceito de “transformar seu corpo em uma arma” não são coisas feitas por acidente. A ideia das mini-campanhas que alteram o cenário e o jogo em si também faz parte desse conflito social, onde o Sistema sempre vence no final.
É uma distopia – vitórias são pessoais em um mundo cruel e errado.
Mas como se joga isso? É um sistema OGL como Intergalactic Lucha Libre League?
Na realidade, Neo-Guanabara é um jogo próprio, com sua própria mecânica, que pode ser descrita de maneira sucinta pela “A Rolagem”:
Prepare uma parada de dados pegando 1 dado dos seguintes elementos da ficha de personagem: Regra de Engajamento, Pilar, Perícia e Aumento. Role os dados, selecione 2 dados como “Valor” e 1 dado como “Nível de efeito”.
O Valor é comparado com o Valor da Reação executada pelo alvo, ou pelo número estático de dificuldade do Teste, enquanto o Nível de Efeito é a “qualidade” do resultado. Quanto maior tal nível de efeito, mais eficaz foi a ação.
Em suma, é esse o sistema. Cada elemento da ficha do personagem pode trazer efeitos especiais para a rolagem. Por exemplo, ao usar “Cyber Jiu-Jitsu” como parte da parada de dados, efeitos especiais na cena ocorrem.
É aqui que implantes cibernéticos, poderes psíquicos e ‘meta magia’ entram, assim como utilizar tais Aumentos, ao lado de Perícias e “Pilares” (Corpo, Mente ou Espírito). Um ataque que usa tanto um braço cibernético e “Cyber Jiu-Jitsu” terá propriedades distintas do que a mesma ação usando “Capoeira Elétrica” e “Super Velocidade”. Logo, espere personagens recheados de opções e maneiras de manipular a cena.
Falando em cenas, o jogo pode ser dividido em três grandes interações Mecânicas:
– Combate e Testes (que usam a Rolagem como descrito anteriormente.)
– Investigação (Onde se usa Aumentos e Pericias, mas sem ter que necessariamente usar A Rolagem.)
– Debate (Onde todos os personagens se juntam para preparar uma Mega Parada de Dados e resumir uma longa cena de discussão para um momento derradeiro.)
O sistema de Mini-Campanhas permite aos jogadores “Progredir” a cidade, removendo poderes de gangues, empurrando causas sociais, se alinhando/atacando as megacorporações e por aí vai. O livro virá com um formato de Mini-Campanha “genérico” a cidade, mas aqueles que apoiarem o projeto podem influenciar os criadores a criar formatos de Mini-Campanhas mais específicos, além de tirar o jogo do papel, é claro.
O financiamento coletivo de Neo-Guanabara: A Cidade do Futuro começou hoje e você pode garantir o seu exemplar clicando no link abaixo:
Confira também o vídeo do financiamento coletivo:
Para mais informações de produção, confira o blog da Playing Hero.