História
GJ 237, conhecida vulgarmente como Estrela de Luyten, é uma estrela anã vermelha considerada desinteressante, localizada na constelação de Cão Menor. Ela fica a doze anos-luz da Terra, uma distância que a torna invisível a olho nu. A estrela, por si só, apenas é notada por causa de sua proximidade com a estrela Procyon, muito maior, que parece tão brilhante quanto Vênus no céu de seus planetas.
A Estrela de Luyten é orbitada por dois planetas, o mais externo deles, GJ 237b, é capaz de sustentar uma biosfera. Isso não é particularmente peculiar. A humanidade, em suas viagens, encontrou muitos destes planetas, conheceu-os e estudou-os, colonizou-os, aprendeu a viver em suas biosferas ou deu-lhes uma nova biosfera.
Como em muitos mundos, a vida multicelular nunca se desenvolveu em GJ 237b. Ao contrário destes mundos, a maioria das quais tinha algumas bactérias ou amebas agarrando-se à vida nas bordas das crateras vulcânicas ou na umidade de grutas subterrâneas, a vida unicelular no GJ 237b prosperava em abundância, desenvolvendo seus próprios ecossistemas, seu próprio nicho evolucionário, sua própria rede ecológica rica e complexa. Mas mesmo estas características não tornam o GJ 237b único.
O que torna o GJ 237b único é que a sua biosfera é a única, além da biosfera da Terra, que desenvolveu vida significativamente inteligente, mesmo em um nível unicelular. Essa inteligência era totalmente diferente da humanidade, totalmente estranha, completamente irreconhecível para as sondas humanas ou para os exploradores humanos que as seguiam. Não é que eles tivessem uma equivalência simplificada com a sociedade humana. Eles tinham um sistema de comunicação e organização social rico, sútil e complicado, que não só nunca entenderemos, mas nunca poderemos entender, porque não temos a capacidade de compreender seus pensamentos.
Essa espécie inteligente – ou, mais precisamente, um clado inteligente (embora mesmo o termo “clado” seja um termo associado à biosfera da Terra), porque a variação genética pode ter se formado, para eles, não como um mecanismo de evolução, mas como um meio de comunicação – prosperou e floresceu nos ecossistemas ricos de GJ 237b. Eles desenvolveram tecnologia – embora completamente diferente da nossa tecnologia – arte – ainda que completamente diferente da nossa arte – e mesmo, acreditamos, viagens espaciais limitadas. Mas, essencialmente, se existiu alguma sociedade, isso é fundamentalmente desconhecido. Só podemos observar os artefatos restantes, algumas amostras biológicas recolhidas, os registros de nossas sondas iniciais, e supor.
Isso ocorre porque, assim que os humanos chegaram ao GJ 237b, nossa própria presença causou uma catástrofe que destruiu não apenas a vida inteligente, mas todo o ecossistema. A natureza exata deste colapso não é bem conhecida – presume-se que foi por causa de um vírus carregado pelo gato da nave – mas agora nada permanece, não só da vida inteligente, mas também de qualquer outra vida de seu planeta. O GJ 237b agora é uma rocha fria e morta, um monumento ao pior erro que a humanidade já fez.
Este jogo é sobre as sociedades e culturas do GJ 237b.
Materiais de Jogo
• Uma cópia impressa destas regras
• Papel, branco e listrado
• Fichas de personagem
• Lápis e canetas
• Ao menos um conjunto de 4 dados de 12 lados de cores diferentes.
Preparação
Organize os materiais mencionados acima em torno de uma mesa em uma sala que não faz parte de uma área regularmente frequentada. Preferencialmente, deve ter apenas uma porta.
Jogando
Fique do lado de fora da sala. Não entre.
O jogo, sendo jogado na sala, é sobre a história, sociedades e culturas do GJ 237b. Não é algo que você pode jogar, ou mesmo entender.
Não entre na sala. Também não abra a porta para espiar.
Fim do Jogo
Quando alguém abrir a porta, eles serão os exploradores humanos que chegaram ao GJ 237b. O jogo imediatamente termina. Nós não exploraremos a catástrofe.
©2017 Ben Lehman and Caitlynn Belle
patreon.com/benlehman
hologramaura.com
Este jogo foi financiado por nossos patrocinadores: Saul Pwanson, Josh Symonds, Andrew Cain, Alissa Mortenson, Adam Kenney, Michael Wight, Aaron Lim, John Leen, Eileen Koven, Jonathan Reiter, Lapo Luchini, Flavio Mortarino, Lester Ward, Jessica Hammer, Chris Hall, Gregor Hutton, Vincent Baker, Anders Smith, Jake Baker, Fabien Hildwein, Red Ed, Peter Ciccolo, Johannes Oppermann, Cheryl Trooskin-Zoller, Kevin Li, Quintin Smith, Robert Day, Aaron Friesen, anna anthropy, Sam Anderson, omas Novosel, Stuart Chaplin, Rob Abrazado, Charlie Etheridge-Nunn, Taylor Smith, Kathryn Hymes, Brad Gravett, James Stuart, Carlton Wilbur, Tayler Stokes, J Li, Nathan Harrison, Matthew Klein, Brian John, Mike Sugarbaker, Tony Dowler, Noah Illinskey, Edoardo Baruzzo, Christoph Boeckle, Jonathan Walton, Epidiah Ravachol, Peter and Carolyn Lehman
Link para o artigo original: medium.com/@balehman/the-tragedy-of-gj237b-928cfeae460b