Antes de escrever sobre o tema deste artigo propriamente, quero anunciar que estou finalizando o texto do livro básico de EPIFANIA: Deuses em Nós e que ele entrará em revisão assim que eu acabar! Com isso ficamos apenas na dependência da data do financiamento coletivo a ser definido com a New Order Editora. Espero em breve ter novidades sobre isso! Mas vamos ao que interessa…
O RPG tem uma dinâmica muito conhecida no que se refere à função de Narrador/Mestre de Jogo. Mudam as denominações dadas a quem desempenha essa função e muitos jogos tem especificidades que os diferenciam um pouco dos demais – o que justificaria algumas denominações diferentes. Mas, basicamente, é a mesma dinâmica na maioria dos RPGs.
Contudo, a partir do conceito de narrativa compartilhada, muitos autores e seus jogos começaram a “pensar fora da caixa” sobre essa dinâmica – e sobre tudo que envolve o RPG e a criação de sistemas e jogos para o nosso hobby. Surgiram formas diferenciadas de se conduzir uma história.
Tivemos Fiasco, que simplesmente aboliu a figura/função de Narrador/Mestre e os muitos jogos que usam o Apocalypse Engine como o Dungeon World e o Monsterhearts. A forma como o jogo se desenvolve, a dinâmica do diálogo entre Mestre e jogador do Apocalypse Engine é mais que um diferencial, é uma forma diferenciada de conduzir um jogo, de narrar um RPG.
EPIFANIA: Deuses em Nós possui muito desse mesmo diferencial desses e de outros jogos inovadores. Não apenas pela narrativa que se sobrepõe ao sistema e pelas mecânicas de jogo que garantem isso, mas também pela proposta do jogo e pelo grande poder dos personagens, que afeta diretamente o desenvolvimento da história.
EPIFANIA é um RPG onde os personagens dos jogadores podem fazer, literalmente, quase tudo. Então os desafios extrapolam a ficha dos inimigos, o quanto de dano eles suportam e o quanto de dano eles podem conseguir infligir nos personagens dos jogadores. Embora haja inimigos no jogo (e eles também sejam bem poderosos), sobrepujá-los não é o foco. E muito dos desafios de uma história que não sejam de combate, também poderão facilmente ser superados por conta do imenso poder dos protagonistas.
Então, mais do que criar grandes desafios, você tem que narrar de uma forma diferente, tem que pensar o jogo de outra forma. Porque, quanto mais criativos forem os jogadores, mais eles te surpreenderão e irão facilmente resolver os desafios que você apresentar.
Você tem que “pensar fora da caixa” o tempo todo e narrar de uma forma diferente do que normalmente a gente está acostumado. E trabalhar bastante sua perspicácia e improvisação.
O livro básico de EPIFANIA: Deuses em Nós trará orientações e dicas de como fazer isso, de como narrar com o pensamento “fora da caixa”.
Até a próxima!
Por Marcelo Telles
Autor de EPIFANIA: Deuses em Nós
Quer saber um pouco mais antes dos próximos artigos? Baixe agora o PDF de playtest aberto do EPIFANIA e a ficha de personagem que estão no link e na imagem abaixo e descubra!
EPIFANIA: Deuses em Nós é um RPG multigênero e sem fatores randômicos, um RPG que não usa dados nem qualquer outro acessório que os substitua. Nele cada jogador encarna um deus que foi aprisionado no Simulacro, uma existência mortal onde ele reencarnou por centenas de anos ignorando sua verdadeira natureza e poder, a mais perfeita prisão sem grades. Os personagens dos jogadores estão despertando ou despertaram recentemente de seu aprisionamento, e agora querem ascender e reaver o seu lugar no Multiverso.
Este é o novo RPG de Marcelo Telles (Crônicas da 7ª Lua, Reia e Conspiração do Amanhecer), criador e Coordenador da REDERPG, que será lançado em financiamento coletivo pela New Order Editora.
A imagem, arte, logo e design do playtest de EPIFANIA são de Diego Silva.
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