O sistema de jogo não pode ser um obstáculo à narrativa no RPG. Ele não pode atrapalhar o andamento da sessão de jogo. Ainda é muito comum no nosso hobby a narração ou o desenrolar de uma cena de combate parar por conta de alguma dúvida ou discussão de regra. O jogo para e isso se torna um verdadeiro anti-clímax. Esse tipo de coisa não deveria acontecer.
Muitos designers de RPG já entenderam isso há algum tempo, e por isso os RPGs mais recentes – inclusive as novas edições dos mais tradicionais, como a 5ª Edição de D&D – têm trazido sistemas de jogos mais simples, dinâmicos e que valorizam mais a narração. Hoje podemos ver várias mecânicas e dinâmicas que os RPGs indies introduziram presentes nos jogos líderes de vendas do nosso mercado, conforme inclusive já havia escrito nesse artigo.
EPIFANIA: Deuses em Nós segue essa tendência e tenta chegar próximo ao que seria o ideal em qualquer sessão de RPG: narrar sem precisar pensar no sistema.
Mas o que seria exatamente isso?
Eu entendo como a própria narrativa se sobrepondo ao sistema de jogo, em toda e qualquer situação, e assim o Narrador e os jogadores não terem que parar o andamento da sessão para conferir ou discutir alguma regra.
Mas como isso pode ser feito de forma coerente, sem simplesmente ignorar o sistema e usando a famigerada “Regra de Ouro”?
Simples: com o próprio sistema de jogo tendo dinâmicas e mecânicas que garantam que o jogo continue a fluir, que evite que seja necessário parar para consultar ou discutir alguma regra.
Parece contraditório o sistema de jogo garantir que ele próprio seja subordinado à narrativa, mas não é. Ao invés de ser uma contradição, isto é apenas uma forma diferente de pensar a relação entre sistema de jogo e condução da narrativa. EPIFANIA possui mecânicas e dinâmicas que garantem isso, como Drama, Destino e a Quebra de Narrativa.
Falaremos sobre cada uma delas na próxima coluna, mas você já pode conferir como elas funcionam baixando gratuitamente o PDF de playtest final do EPIFANIA: Deuses em Nós e a ficha de personagem que estão no link e imagem abaixo:
EPIFANIA: Deuses em Nós é um RPG multigênero e sem fatores randômicos, um RPG que não usa dados nem qualquer outro acessório que os substitua. Nele cada jogador encarna um deus que foi aprisionado no Simulacro, uma existência mortal onde ele reencarnou por centenas de anos ignorando sua verdadeira natureza e poder, a mais perfeita prisão sem grades. Os personagens dos jogadores estão despertando ou despertaram recentemente de seu aprisionamento, e agora querem ascender e reaver o seu lugar no Multiverso.
Este é o novo RPG de Marcelo Telles (Crônicas da 7ª Lua, Reia e Conspiração do Amanhecer), criador e Coordenador da REDERPG, que será lançado em financiamento coletivo pela New Order Editora.
A imagem, arte, logo e design do playtest de EPIFANIA são de Diego Silva.
Acompanhem e curtam a fanpage do EPIFANIA: Deuses em Nós, confiram o setor aqui na REDERPG e participem do grupo de discussão no Facebook:
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