Java é uma fascinante ilha com grande potencial de desenvolvimento – especialmente na subdesenvolvida área central, que possui terras férteis e é rica em recursos naturais.
Essa riqueza é cobiçada pelos líderes das regiões que cercam o centro de Java. Cada jogador é um desses líderes javaneses que disputam entre si pelo desenvolvimento dessas terras férteis. Cada líder quer trazer para essa área a sua cultura e controlar totalmente a região. Como líderes, os jogadores irrigam a terra e cultivam campos de arroz. Eles constroem vilas e palácios, e transformam as vilas em cidades.
Cada um deseja ser a força dominante no desenvolvimento da ilha. Os jogadores ganham pontos de fama por construir e ampliar seus palácios, por criar sistemas de irrigação e por organizar festivais. O jogador vencedor é aquele com mais pontos de fama!
Java é o segundo jogo da Trilogia das Máscaras, o irmão do meio do Tikal e do Mexica. Para você que está chegando agora, a ordem das resenhas dos jogos foi alterada, mas vou explicar… Tikal foi nossa primeira resenha, pois Tikal é a obra-prima da dupla Michael Kiesling e Wolfgang Kramer. Em seguida foi lançado o Java, mas o Mexica furou a fila das resenhas pois foi lançado no Brasil em 2015 pela Conclave.
Vamos ao jogo! Assim como Tikal, Java utiliza a mecânica de Pontos de Ação. Cada jogador recebe 6 Pontos de Ação e o custo de cada ação é variado, seguindo seus valores de acordo com uma tabela. Durante seu turno, o jogador da vez poderá fazer ações enquanto possuir Pontos de Ação e realizar quantas ações puder pagar na ordem que desejar. Cada jogador também possui uma Ficha de Ação, que pode ser gasta a qualquer momento do jogo para que se ganhe +1 Ponto de Ação.
Uma das maneiras de obter Pontos de Fama é através das construções e engradecimento dos palácios. O jogador que constrói ou aumenta um palácio avança imediatamente o seu contador na escala de pontuação. Outra maneira de se obter Pontos de Fama no jogo é através de uma mecânica bem conhecida da dupla de designers, o Controle de Área, que no Java se dá através das áreas de irrigação. Se uma área de irrigação (composta por um ou vários hexágonos) é cercada inteiramente de terrenos, devemos conferir imediatamente a quem ocupa a mais elevada posição sobre os terrenos que os cercam. Para cada área de irrigação cercada dessa maneira, o jogador marca 3 pontos. Se nenhum jogador levar vantagem ou se nenhum peão se encontrar ao redor da área, ninguém marca pontos.
No fim do seu turno, o jogador pode organizar uma festa na cidade de sua escolha, o jogador convida os seus adversários a participar da organização da festa, colocando à sua frente uma ou várias cartas (de festa) que seja conveniente mostrar, nesse caso poderá ocorrer duas situações:
– Se nenhum jogador participar da organização da festa, não mostrando nenhuma carta, o jogador da vez organiza sozinho a festa e marca imediatamente os pontos correspondentes.
– Outros jogadores participam da organização da festa, virando cartas à suas frentes, e cujo valor é comparado entre os organizadores. Um acordo deve ser feito entre os organizadores da festa e estes marcarão de 2 a 10 Pontos, conforme o acordo for fechado.
Existem três tipos de terrenos que podem ser construídos com Pontos de Ação: terrenos simples, duplos e triplos. O jogo termina quando não houver mais terrenos triplos disponíveis, e assim se inicia uma pontuação final.
Java é um bom jogo, bastante divertido, mas possui as mecânicas muito semelhantes ao Tikal. É para mim o terceiro em preferência dentre os jogos da Trilogia das Máscaras.
Por Eduardo Felipe
Equipe REDERPG