O que esperar de um filme da Marvel onde não aparecem os grandes “figurões” de venda, como Hulk, Thor, Homem de Ferro, Homem-Aranha e X-Men? (Não esqueça que o Aranha e os X-Men não são controlados pelo estúdio da Marvel, no caso o Homem-Aranha é licenciado á Sony e o X-Men é de uso da FOX).
Devo dizer que depois dos Vingadores e dos filmes do Batman, se “elevou o nível” o qual nos baseamos para assistir a um filme de super herói, não adianta “atores hollywoodianos famosos” ou heróis bem conhecidos da cultura pop. Não, somente isso já não basta e a velha fórmula “grandes nomes x super-heróis = muita bilheteria” ou no caso reconhecimento de público para um bom filme não é mais “engolido” pela gente. Vide Ben Affleck que é “zoado” até hoje pela sua atuação no filme do Demolidor – O Homem Sem Medo – 2003 (um dos heróis que mais gosto, por sinal) e agora tenta se recuperar no cenário super-heróis/blockbuster com sua “futura” atuação como Batman.
Mas chega de explicar a “complicada” interação HQ e Cinema.
Vi os Guardiões da Galáxia com toda aquela “expectativa” criada pelo filme, sendo desde o teasers, trailers, até os falatórios em geral sobre o mesmo.
Devo dizer que o filme agradou, não só agradou, como me envolveu emocionalmente através de uma coisa que não via a muito tempo nos chamados filmes de super-heróis: a música!
Ai você me pergunta, quer dizer a tal “trilha sonora”?
Não! Veementemente NÃO!
Porque, veja bem, este filme não só trabalha a trilha sonora, mas a música como “fio condutor”, já que durante boa parte do filme a música, como ferramenta para se contar a história, está sempre presente! E como uma boa música, Guardiões da Galáxia está “melodicamente” bem montada.
A fita “awesome mix vol. 1”, o único resquício de vínculo do nosso herói Peter Quill para com sua mãe e o planeta Terra, é o como ele consegue “domar os corações” dos Guardiões da Galáxia um por um em momentos que beiram do romântico ao cômico.
E exatamente como em uma música, ao menos uma boa música, os atores/personagens estão “afinados” em seus papéis. Bradley Cooper emprestou sua voz a nosso pequeno Rocket e vez dele um personagem único, não somente uma animação 3D. Vin Diesel como a voz de Groot fala três palavras quase o filme inteiro, mesmo que as repita com algumas entonações diferentes, faz o seu “papel” e serve tanto de alívio cômico quanto de inspiração para o tão improvável grupo de heróis. Dave Batista como Drax foi uma boa pedida para o papel, sem comprometer e até atuando de maneira razoável nos deixa levar pelo lado emocional de um psicopata que está preso em uma penitenciária de segurança máxima e teve sua família assassinada. Chris Pratt no papel de Peter Quill faz o nosso anti-herói no ritmo do filme, hora mantendo o andamento e hora dando a pausa para em seguida sermos surpreendidos. Zoe Saldanha como Gamora é a única que destoa dentro do time, hora por ser “ingênua” demais para uma assassina treinada e filha de Thanos, e hora por parecer um pouco “perdida” no papel, mas consegue a partir do último quarto do filme ser a heroína que esperamos.
Não há como expressar o prazer de estar sentado por duas horas e ver um filme que, sem pretensão de ser uma obra arte, nos traz uma boa história, com bons personagens, algumas atuações legais e muitas, mas muitas risadas mesmo.
E para quem eu recomendaria esse filme?
Bom para você meu amigo leitor que está aqui, pois, com certeza, seu interesse em filme de heróis é notório, também para as pessoas que tem a “bagagem anos 1980” pois há tantos detalhes, menções e até “participações” de figuras da época que você não deixaria de gostar desse filme!
Em resumo, pode assistir é diversão garantida!
Notas (de 1 a 6):
– Roteiro: 4
– Direção/Atuação: 4
– Produção: 6
Nota Final: 5
Tradução: Fábio Ribeiro
Equipe REDERPG