Depois da pausa de uma semana, a coluna semanal do Mike Mearls voltou com um artigo sobre classes e subclasses. Não existem informações realmente novas, mas a ligação feita entre as subclasses e os cenários interessantes e como elas serão utilizadas no futuro para adicionar novas mecânicas ao jogo. Particularmente fiquei um pouquinho menos desconfiado das subclasses devido a sua obrigatoriedade, mas parece que pode funcionar. Vale a pena ler. Não esqueça de deixar seu comentário abaixo.
Classes e subclasses
Mike Mearls
Antes de iniciar a coluna Legends&Lore desta semana , eu quero agradecer a Dave Cristo, Robert Altomare e todos os Mestres que conduziram os jogos em nossos eventos na Gen Con e PAX Prime. Essas convenções são uma parte importante do que faz o D&D prosseguir. Todos os anos, milhares de jogadores tem seu primeiro contato com D&D nesses eventos. Obrigado a todo por seu trabalho árduo!
Esta semana, eu gostaria de falar sobre as classes e subclasses, e explicar como elas nos permitem administrar a complexidade do jogo.
Do ponto de vista de um jogador, as subclasses são a ferramenta mais poderosa que temos para passar de um jogo simples para um mais complexo. O Caminho do Combatente do guerreiro é um grande exemplo disso, já que ele permite que você opte por um guerreiro bastante simples. Em contraste, o Caminho do Gladiador oferece muito mais opções a cada rodada.
Dito isto, subclasses também desempenham um papel-chave do ponto de vista do Mestre. As subclasses que você permitir que em sua campanha dirão muito sobre seu mundo. Por essa razão, nós estamos considerando que as subclasses sustentarão quase que totalmente o D&D Next, algo que era previamente responsabilidade das classes de personagens.
No futuro, quando introduzirmos novos tipos de magia no jogo, não precisaremos adicionar um conjunto de novas classes ao jogo. Em vez disso, podemos apresentar subclasses que aproveitem dessa fonte de energia. O dançarino das sombras pode ser uma subclasse de ladino que manipula a magia sombria, enquanto o lâmina maldita (hexblade) fariam o mesmo para a classe do guerreiro. Os poderes psíquicos podem preencher um papel similar, com subclasses que se utilizam dele para ter acesso aos seus poderes e habilidades.
Essa linha de pensamento ilustra os princípios por trás do desenvolvimento da classe mago em D&D Next. Ao fazer do prestigiador (wizard) uma subclasse de mago, abrimos espaço para o bruxo, o feiticeiro, o psion, o artífice e outros conjuradores sem ter que reinventar a roda para cada conjurador. Elas podem partilhar magias, itens mágicos e talentos conforme necessário, permitindo que o desenvolvimento de novas subclasses se concentre nos elementos que as tornam únicas e interessantes.
É importante lembrar que, embora esses conjuradores compartilhem da mesma classe base, isso não significa que eles compartilham a mesma mecânica de conjuração. O objetivo central dessa mudança é se concentrar no que torna essas classes únicas. O mesmo vale para as subclasses. Embora o lâmina maldita seja uma subclasse de guerreiro, ele ainda pode ter acesso a conjuração de magias. O dançarino das sombras apesar de ser um ladino ainda poderá se teletransportar entre sombras e usar magias.
Esta abordagem conecta as subclasses com seu papel de ferramenta de Mestre. Se você planeja uma campanha de baixa magia, você simplesmente elimina o lâmina maldita e o dançarino das sombras da lista de subclasses permitidas em seu jogo. Se a cura não mágica não está de acordo com o seu jogo, retire o senhor da guerra (warlord) da lista do guerreiro.
Então, isso é o fundamental sobre as subclasses em D&D Next. Elas nos ajudam a administrar a complexidade para os jogadores e são uma ferramenta poderosa que permite que os Mestres e grupos para determinar o tom e a atmosfera de suas campanhas.
Link para o artigo original:
http://www.wizards.com/DnD/Article.aspx?x=dnd/4ll/20130902
Traduzido e adaptado por Rafael Silva
Mike Wevanne
Pelo que entendi, é bem o feeling dos antigos “kits” do AD&D, mas nesta lógica, paladinos, bárbaros, druidas e outras classes fora do eixo clérigo-guerreiro-ladino-mago deveriam todas retornar à classe da qual foram derivadas. O que, aliás, era a ideia inicial nos primeiros packs do open playtest (e que eu apreciei bastante).
Galfornaly
Foi de certa forma inteligente a ideia de colocar as subclasses como responsaveis pela complexidade. Se bem que na verdade ele apenas criou outro degrau. Antes era “Eu quero ser guerreiro… ixi mas guerreiro não tem complexidade” e agora “Eu quero ser um guerreiro combatente… ixi mas só tem combatente sem complexidade.”.
Guzzon
O conceito é interessante, mas se a subclasse for o mais determinante a classe passa a ser secundária, somente um guia na escolha por conta da característica, que por sinal eles deixam de fora o conceito de defender, striker e afins.
Trocamos um monte de classes por 4 ou 5 classes, porem com um monte de subclasses.
Não vou criticar, mas quero muito testar para ver como funciona na prática.