Na sua coluna Legends & Lore desta semana, Mike Mearls abordou o assunto subclasses. Confesso que foram as tais “subclasses” que me preveniram de migrar para a linha Essentials da 4ª Edição, pois considerei como sendo algo restritivo em todo o material que li a respeito, não que tivessem esse nome, mas o conceito me parece o mesmo. Dessa forma foi com muito receio que li esse artigo, mas como todo material do D&D Next, prefiro ver o pacote do playtest antes de criticar, mas desde já espero que seja uma regra opcional.
O que são as subclasses?
Mike Mearls
Semana passada eu falei sobre talentos e de maneira geral sobre a mudança de complexidade entre as regras básicas e as regras opcionais que poderão ser adicionadas. Esta semana, eu quero falar sobre subclasses e o papel que desempenham no jogo.
Subclasses já estão presentes no playtest de D&D Next. Cada classe terá uma visão diferente sobre como uma subclasse a representa realmente.
Para o clérigo, é a escolha da divindade. Para um mago, a tradição. Cada classe do jogo é um grande arquétipo que representa uma variedade de personagens possíveis. A escolha de uma subclasse dentro de uma classe reflete essa ampla gama.
As características básicas de classe que todos os membros de uma classe recebem representam a identidade fundamental da classe. Elas são os elementos compartilhados que todos os guerreiros ou magos ganham.
O fato realmente agradável sobre as subclasses é que elas representam outra forma de nós podermos dimensionar a complexidade. As regras básicas que eu já abordei anteriormente em um artigo (somente em inglês) apresentam uma subclasse de mago que é simples e fácil de usar, mas sem ser menos poderosa do que as opções mais complexas que você pode ver nas regras básicas e avançadas (também somente em inglês), como o necromante ou o mago selvagem.
A maior mudança que você vai ver em um próximo pacote de playtest envolve o guerreiros e ladinos. Por muito tempo, essas classes existiram bem debaixo das sombras de outras classes. Nós estamos pegando conceitos como senhor da guerra, cavaleiro, samurai, gladiador, ou escolta, e estamos transformando-os em opções para guerreiros. Para o ladino, você verá opções como o assassino, o ladrão, e o vagabundo.
Isso significa que qualquer pessoa que pisa em uma arena deve ser um guerreiro? De maneira nenhuma, mas isso significa que estamos criando poderes e habilidades especiais para os guerreiros que treinaram como gladiadores. Em outras palavras, estamos criando mecânicas únicas e especiais que só os guerreiros e ladinos podem acessar. Não estamos simplesmente dando-lhes um melhor acesso ao nosso (agora opcional) sistema de talentos e perícias.
Essa decisão também coloca mais pressão sobre o paladino e ranger para permanecerem diferentes do guerreiro. É por isso que o nosso primeiro esboço daqueles personagens deu mais destaque a conjuração de magias.
Finalmente, essa decisão nos permite ser mais flexível na forma como lidamos com as classes. O guerreiro pode oferecer uma opção de combatente que dá um bônus nas jogadas de dano e jogadas de ataque que é perfeito para jogadores iniciantes ou pessoas que só querem bater pra valer. Em contraste, o duelista tem habilidades que fazem o personagem acrobático, habilidoso com armas leves e capaz de usar os poderes que melhoram a capacidade do personagem para desarmar, aparar e assim por diante. As duas subclasses não tem sequer que apresentar a mesma mecânica básica, com o duelista usando dados de especialidade e o guerreiro simplesmente ganhando uma série de bônus estáticos.
É importante observar que conceitos como arqueiro ou especialista em combate com duas armas não se encaixam nas subclasses. É aí que entram os talentos, já que eles podem oferecer uma especialização em áreas que não estão ligadas a uma classe específica. Afinal, o ladino, o guerreiro e o ranger têm todos suportados arqueiros, lutadores de duas armas entre outros no passado.
Talentos também nos permitem criar um paladino-gladiador sem usar multiclasse. Se o seu conceito de gladiador é um guerreiro que luta com um tridente e uma rede, você pode usar talentos para focar essas armas com seu paladino e ranger se você preferir não interpretar um guerreiro.
Link para o artigo original: http://www.wizards.com/DnD/Article.aspx?x=dnd/4ll/20130429
Por Rafael Silva
Galfornaly
Para mim, um paladino sempre foi um clérigo que anda de cavalo.