Dando continuidade a série de matérias sobre os clãs maiores de Rokugan, falaremos sobre o mais novo dentre os clãs maiores do império. O clã Louva-a-Deus diferentemente dos outros não foi formado por um dos Kami, mas sim por homens mortais que tiveram que provar o seu valor para serem reconhecidos como um clã maior.
CLÃ LOUVA-A-DEUS (MANTIS)
Visão Geral
No ano 80, o daimyo do clã Caranguejo Hida Osano-Wo tomou uma decisão polêmica e nomeou seu filho ilegítimo como seu herdeiro, o que fez com que seu filho legítimo Kaimetsu-Uo e sua mãe, de origem Matsu, deixassem o clã e abandonassem o império.
Eles navegaram até a ilha que veio a ser conhecida como a Ilha de Seda e Especiarias e fundaram uma cidade portuária para comercializar suprimentos com o continente. Sem deixar para trás seus ensinamentos, Kaimetsu-Uo fundou uma escola militar para treinar seus seguidores no caminho dos samurais, misturando seus conhecimentos das técnicas dos Hida e Matsu.
Kaimetsu-Uo e seus seguidores eram desconhecidos pelo resto do império, até que seu pai foi assassinado e ele rastreou o assassino até as terras do clã Fênix. Eles só foram parados pelos portões mágicos da muralha do Palácio Isawa. Kaimetsu-Uo gritou enfurecidamente e seu pai lhe respondeu enviando um relâmpago que destruiu o portão do palácio. Os samurais do clã Fênix não tiveram alternativa a não ser entregar o assassino a justiça de Kaimetsu-Uo. Por esse fato, Osano-Wo foi reconhecido como a fortuna do fogo e do trovão.
Uma década mais tarde, Osano-Wo apareceu em sonhos para seu filho e lhe mostrou os samurais do clã Louva-a-Deus se espalhando pela ilha e também pelo continente, se tornando uma grande força militar e regendo o império. A fortuna proclamou: “A partir da Cidade do Relâmpago, o Louva-a-Deus crescerá”. Após isso, um relâmpago caiu acordando a todos na ilha. Desde então o clã Louva-a-Deus se considera protegido e abençoado por Osano-Wo.
Por estarem longe do continente, os seguidores de Kaimetsu-Uo se especializaram em navegação e comércio, e como a ilha possui itens exóticos que não são encontrados em nenhum outro lugar do império, seu comércio trouxe grande riqueza para o clã.
Ao longo da história, o Louva-a-Deus reuniu outros clãs menores sob seu estandarte, e assim reuniu um grande exército, o que foi fundamental para sua ascensão a clã maior durante a Guerra dos Clãs.
História
Apenas no século V o clã Louva-a-Deus adquiriu o status de clã menor, aliás foi a primeira vez que essa honraria foi concedida. O líder do clã na época era Gusai, e por algum motivo desconhecido foi convidado para uma corte imperial. Gusai compareceu e, por não ser versado na etiqueta da corte, teve que esperar muitos dias para ser recebido pelo imperador para prestar sua reverência. Quando a oportunidade apareceu, Gusai aproveitou para apresentar sua insatisfação com a corte, ele disse: “Palavras e ações são a base do governo. Elas podem mover o céu e a terra, mas elas não são mais poderosas que o aço’. O imperador sorriu e lhe respondeu: “Me prove que o aço é mais poderoso e eu lhe farei um Lorde em minha corte”. Assim que o imperador terminou de falar, Gusai sacou uma adaga escondida e encostou sua ponta na garganta do imperador. Toda a corte parou e ninguém se mexeu, exceto Hantei VI que sorria.
O imperador lhe disse: “Muito bem, Gusai-san. Você provou seu ponto de vista. O aço é poderoso o suficiente para lhe fazer um Lorde”. O imperador proclamou Gusai senhor da Ilha de Seda e Especiarias e lhe concedeu o direito de formar uma família com o seu nome. Gusai sorriu ,fez uma longa reverencia ao imperador e começou a sair. “Mas antes de sair, Lorde Gusai” o imperador continuou, “Deixe-me mostra-lo como a palavra pode ser muito mais poderosa” e com uma única palavra ele ordenou que Gusai fosse executado. Mas como a palavra do imperador é lei, Gusai morreu Lorde e seu filho herdou a ilha e o comando da família Gusai.
Alguns anos mais tarde no mesmo século, aconteceu o primeiro encontro entre o império de Rokugan com os gaijin. Uma frota gaijin chegou a Ilha de Seda e Especiarias e firmou um acordo com o Gusai Mori: o Louva-a-Deus facilitaria o acesso dos gaijin a corte do imperador e ganharia a preferência na comercialização de bens. O acordo foi benéfico para ambos os lados, com o clã Louva-a-Deus ganhando maior acesso a corte intermediando as negociações entre rokugani e gaijin.
Acontece que o grupo gaijin se dividiu em dois, com cada grupo tentando acabar com o outro. O Louva-a-Deus conseguiu intervir antes que algo sério acontecesse, no entanto o comportamento não foi bem visto pela imperatriz Yugozuhime, que ordenou a expulsão de todos os gaijin do império. Durante o confronto a imperatriz foi morta, e seu herdeiro ordenou a morte de todos os gaijin e a proibição de sua entrada no império. Como resultado, foi criado o clã menor Tartaruga para lidar com os gaijin, tanto no comércio quanto na prevenção de outros encontros desastrosos.
Mesmo após esse episódio, a família Gusai não abandonou seus sonhos de poder prometidos pela profecia, e numa tentativa de garantir o aumento do seu poder sequestrou o filho do imperador e o manteve como um “convidado” na Ilha da Seda e Especiarias. No entanto o efeito causado por essa manobra foi totalmente inverso. Os clãs Leão e Garça se uniram e formaram um grande exército preparado para tomar a Ilha. Temendo pelo pior, o daimyo Gusai Rioshida ordenou que Yohihotsu “traísse” o clã e levasse o filho do imperador de volta para a capital.
Assim, o imperador considerou o clã Louva-a-Deus leal ao imperador, mas ordenou que a família Gusai cometesse sepukku. Yohihotsu foi nomeado daimyo do clã e permitido a criar sua própria família, que deu origem aos Yoritomo. Apesar da família não existir mais, os samurais do Louva-a-Deus não permitem qualquer desonra ao nome Gusai, e existem aqueles que dizem que o sangue da família ainda corre pelo clã, inclusive que Yohihotsu era filho ilegítimo de Rioshida, mas isso nunca foi comprovado.
No século IX, o clã Louva-a-Deus descobriu os Reinos de Marfim, um reino gaijin localizado do outro lado das Shadowlands. O clã passou a comercializar secretamente com esse reino e reuniu uma grande fortuna. Até que em 1.100, assassinos dos Reinos de Marfim vieram para a Ilha da Seda e Especiarias e assassinou quase toda a família regente do clã, restando apenas o filho do campeão do clã, Yoritomo. Reunindo a raiva que sentia dos assassinos com a insatisfação de ver seu clã em uma posição tão baixa em relação aos outros, Yoritomo ficou determinado a aumentar o poder e o status de seu clã, baseado na aliança entre os clãs menores.
Durante a Guerra dos Clãs ele formou a chamada Aliança Yoritomo, que reuniu os clãs menores para defesa mútua e servir de mercenários para os grandes clãs em guerra. No o Segundo Dia do Trovão, Yoritomo deu sua cartada de mestre e anunciou que se o clã Louva-a-Deus não fosse reconhecido como um grande clã, eles iriam navegar de volta para sua ilha deixando o império a mercê de seu destino. Os grandes clãs não tiveram outra alternativa a não ser aceitar, e quando Toturi I ascendeu ao trono, ele cumpriu a promessa e transformou o Louva-a-Deus em um grande clã e permitiu a Yoritomo fundar sua própria família. Dois clãs menores, o clã Centopeia e o clã Vespa, uniram-se ao grande clã Louva-a-Deus aumentando sua fileira de samurais e agregando seus territórios ao clã.
Mas recentemente, o clã passou por diversos daymios e encerrou a linhagem de Yohihotsu, que governou o clã nos últimos seiscentos anos, com a filha de Yoritomo. O clã passou por duas guerras com o clã Fênix, passou por um período de pirataria entre essas guerras, agregou o clã menor da Raposa em suas fileiras e atualmente é regido por um ex-bandido. Mas o clã cresceu em poder e hoje é uma das forças ascendentes do império.
Famílias
As famílias do clã Louva-a-Deus, até o século XII eram clãs menores com histórias e tradições muito diferentes, uma situação um tanto quanto inusitada para um grande clã. Essas diferenças geralmente causam problemas e mesmo conflitos internos dentro do clã, mas nada que ameace a unidade interna do clã Louva-a-Deus.
Os Kitsune são descendentes de pessoas simples mas com facilidade para se comunicar com os espíritos da natureza; os Moshi são os shugenjas do clã, focando seus estudos na invocação dos kami relacionados ao clima; os Tsuruchi estão entre os melhores arqueiros do império, com uma tradição milenar reconhecida por todos os outros clãs; e os Yoritomo, os líderes do clã, descendentes do Caranguejo, são pessoas bastante duras e trabalhadoras, sendo reconhecidos como os mestres dos mares.
Kitsune
Quando o clã Ki-Rin partiu para as terras do ocidente, alguns seguidores de Lady Shinjo ficaram para cuidar das terras ancestrais do clã. Eventualmente esse grupo foi expulso das suas terras e o clã Leão que tomou conta do território, banindo os remanescentes para a floresta Kitsune Mori. Esse grupo de samurais se aliou aos kitsune, espíritos da floresta em forma de raposa, e assumiram o nome para honrar essa aliança. Logo após sua expulsão, o imperador se apiedou do destino e transformou os Kitsune no clã menor Raposa, e restringiu que grandes clãs travassem guerras contra os clãs menores.
O clã da raposa era formado, em sua maioria, por shugenjas que falavam a língua dos espíritos, ensinado a eles pelas kitsune. Aqueles que não tinham esse dom se tornavam batedores ou caçadores, que arrecadavam fundos para o clã sendo contratados para atravessar viajantes pela floresta. Durante a Guerra dos Clãs, o clã Raposa serviu fielmente a Aliança de Yoritomo, e acreditava-se que a sua campeã aceitaria sua proposta de casamento, mas Ryosei, para manter o espírito livre de seu clã, recusou tanto a proposta de casamento quanto a de ingressar no novo grande clã.
Mas o espírito livre do clã só perdurou por mais duas gerações. Durante a Guerra Contra a Sombra, um exército de ronin corrompidos comandado pelo Dragão da Sombra invadiu o clã. O clã Louva-a-Deus veio em auxilio aos seus aliados e conseguiram expulsar o exército, mas o dano causado foi grande demais. Dessa vez o convite não foi recusado, e em 1169 o clã Raposa ingressou no clã Louva-a-Deus. O acordo foi bom para os Kitsune, pois além de poderem manter suas cores (marrom-avermelhado e prateado), seus shugenjas agora podem trocar experiências com os Moshi e seus bushis agora poderiam receber treinamento adequado nas academias dos Yoritomo e Tsuruchi, mas nem tudo é perfeito e ainda existem aqueles que lembram da liberdade que os samurais do clã Raposa tinham outrora, mas o medo do retorno do Dragão da Sombra é muito maior.
Moshi
No começo do século IV, um lorde Isawa desbravou uma região remota com vistas para o Mar de Amaterasu, e desejando apenas estudar e ensinar em paz. Com autorização do daimyo, ele se mudou para o local com seus filhos e aprendizes fundando seu dojo. Ele morreu algum tempo depois sem deixar filhos, mas onze filhas, e suas terras passaram para a filha mais velha. Após três gerações, e com a isolação do lugar, a família se tornou um matriarcado, algo inédito no império. Apenas um magistrado visitava o local anualmente e viajantes do Louva-a-Deus eventualmente.
Isawa Azami, bisneta do fundador, foi quem definiu o que viria se tornar o Clã da Centopéia. Tendo uma visão com a deusa do sol descendo a terra e lhe nomeando sua porta voz, ela remodelou a escola que passou a venerar Amaterasu (deusa do sol) acima de todos os outros deuses. Ao tomar conhecimento desse evento, o imperador concedeu o nome de família Moshi para Azami, e sua família foi reconhecida oficialmente como o clã menor da Centopeia.
Esse clã permaneceu desconhecido para a maioria dos rokugani, e só voltou a se destacar durante a Guerra dos Clãs, quando se uniu a Aliança Yoritomo. Quando a filha da campeã do clã, Moshi Wakiza, se casou com Yoritomo, os clãs se tornaram muito próximos. Com a morte de Amaterasu durante a Guerra Contra a Sombra, o clã menor Centopeia se desestabilizou, e a ascensão de Yakamo, um homem, como novo deus do sol não ajudou em nada a família a se reestabelecer. Ao fim da guerra, o clã menor decidiu abrir mão da sua independência e se tornou parte do grande clã Louva-a-Deus.
A família Moshi se manteve fiel às tradições e até hoje é uma mulher quem a comanda. Apesar dos homens agora poderem frequentar as escolas das outras famílias do clã, a escola de shugenjas da família Moshi se mantém restrita a mulheres. Além de se manter matriarcal, a família conserva costumes sociais tradicionalistas, o que gera muitos conflitos com as outras famílias do clã.
No entanto a contribuição da família é inegável, pois esse tradicionalismo tem ajudado o clã nas negociações com clãs mais tradicionalistas e com a corte imperial. Além disso, as shugenjas Moshi focam seus estudos na comunhão com kamis que influenciam o clima e no aprimoramento das técnicas de navegação e condução de embarcações.
Tsuruchi
Tsuruchi foi um homem com uma história trágica. Seu pai, Leão, e sua mãe, Escorpião, viveram uma paixão proibida e pagaram com a vida, em um ataque combinado dos dois clãs. Ao perceber a natureza desonrada de tantos samurais que pensavam apenas em seu benefício, a pequena vespa, como era chamado pelos pais, quebrou sua espada e jurou que nunca mais a usaria, assumindo o arco como sua arma principal.
Tsuruchi levou seu caso ao Campeão Esmeralda, que concordou com sua alegação e convenceu o imperador a lhe restituir suas terras e ceder-lhe um nome de família. Em contrapartida, os samurais do recém-criado clã menor Vespa deveriam prestar serviços como caçadores de recompensas para os magistrados do império.
Nessa época, o clã era muito pequeno, mas na época da Guerra dos Clãs já era numeroso e seus arqueiros famosos pelo império. O dinheiro arrecadado pelos caçadores de recompensa garantia cofres cheios ao clã. Assim, o clã Vespa foi um dos que mais contribuiu para o sucesso da Aliança Yoritomo.
Tsuruchi e seus seguidores sempre tiveram muitos inimigos, e sua adoção do código da Vespa sempre teve muitos críticos por se contrapor ao Bushido. Entretanto, foi esses problemas que atraíram a atenção de Yoritomo, que já estava acostumado a inimizade e ao desdém do restante do império. Assim, quando o clã menor Vespa se juntou ao grande clã Louva-a-Deus, Yoritomo os recebeu de braços abertos.
Os Tsuruchi não se sentem confortáveis em dividir suas técnicas, que agora estão a disposição dos samurais do clã, mas os benefícios de fazer parte do Louva-a-Deus ainda são maiores. Por serem o clã mais recente, os Tsuruchi não podiam recorrer a orientação de seus ancestrais, e assim eles dependiam um dos outros para perseverar, e por isso se tornaram uma das famílias mais unidas do império.
Atualmente, alguns Tsuruchi seguiram o caminho da espada e favoreceram o Bushido sobre o código da vespa, e isso gerou alguns conflitos internos dentro da família. Mas mesmo com essas discordâncias, conflitos entre membros da família são muito raros, pois o fundador ensinou seus seguidores a se unirem contra todas as diversidades, e essa lição os Tsuruchi ainda carregam com eles.
Yoritomo
Diferentemente dos outros clãs, o Louva-a-Deus não possui uma família com o nome do seu fundador, Kaimetsu-Uo, e assim permaneceu até a época de Gusai. Após o nome Gusai ser manchado, passou-se duzentos anos até que o clã tivesse novamente um nome de família.
Yoritomo foi o samurai que liderou o clã durante a Guerra dos Clãs e com uma manobra política, adquiriu o status de grande clã para o Louva-a-Deus. Ele finalmente deu a vida pelo império durante a Batalha no Portão do Limbo.
Como seus ancestrais, Yoritomo são famosos por suas proezas físicas e coragem. Descendentes de Hida e Matsu, Yoritomo geralmente são fortes e rápidos, e a vida no mar os deixam com um aspecto rústico e a pele bronzeada, algo não muito apreciado em Rokugan. Eles são amigáveis e generosos com aqueles que são mais fracos do que eles, mas herdaram a tendência pela ambição, intimidação e brutalidade de Yoritomo. A combinação de pequena estatura, grande ambição e o sentimento de que são estrangeiros que devem tomar o que lhes é de direito os tornaram extremamente pragmáticos e frequentemente desdenharem da etiqueta rokugani se envolvendo em atividades que não são consideradas assuntos para samurais, como o comércio. Agora que o clã é um dos grandes, os Yoritomo geralmente precisam maneirar suas tendências por questões de sobrevivência, mas nem sempre eles conseguem suprimir seus instintos.
Um Yoritomo geralmente passa grande parte da sua vida no mar, navegando por rotas comerciais em busca de comércio ou lutando contra piratas. As atividades de pirataria e contrabando de mercadorias gaijin não são estranhas para os Yoritomo, e vários membros da família foram piratas e contrabandistas antes de serem recrutados. Quando acontece algum problema com os outros clãs, o Louva-a-Deus tem que mostrar sua lealdade a lei do imperador, e isso causa um grande aumento de ronins piratas. Essa convivência com o mar também torna os Yoritomo muito supersticiosos, evitando tudo o que possa trazer a fúria do deus do mar contra eles, o que é fatal no meio do oceano.
Como líderes do clã, os Yoritomo se esforçam para ter um bom relacionamento com todas as outras famílias do clã, e isso se revela um grande desafio com tantas culturas diferentes. Mas a família se espelha no seu fundador, que sabia que cada um dos outros clãs eram orgulhosos de suas tradições, e por isso mantém a política de dar grande autonomia as outras famílias.
Por ser uma família recente, os Yoritomo geralmente casam-se cedo e geram muitos filhos para aumentar a família e popular o clã. Essas linhagens tendem a ser muito unidas, protegendo-se uns aos outros contra qualquer ameaça, não sendo raro um barco do clã Louva-a-Deus com toda a tripulação de uma mesma família, assegurando a lealdade e dedicação de todos.
Os Yoritomo são extremamente orgulhosos de descenderem de Osano-Wo, a fortuna do Trovão. Eles são fascinados por trovões e relâmpagos, considerando um presságio de boa sorte enviado pela fortuna, desde a época em que relâmpago caiu onde hoje fica a capital do clã, a Cidade do Relâmpago. Não é incomum ver jovens Yoritomo andar pelo convés durante uma tempestade gritando após um trovão em tributo ao seu ancestral. É dito que uma frota do Louva-a-Deus navegando durante uma tempestade não pode ser derrotada.
Conclusão
O clã Louva-a-Deus é o mais diferente dos grandes clãs, não sendo formado por um kami, mas por homens mortais, o clã teve que crescer pelo seu próprio esforço, aproveitando as oportunidades que lhe foram apresentadas, com o espirito ambicioso e empreendedor.
Entendendo que apenas se unindo a outros clãs menores eles poderiam perseverar em seus objetivos, o clã se transformou em uma colcha de retalhos de comportamentos e tradições diferentes. Essa é a sua força, mas também a sua fraqueza. Enquanto as famílias se mantiverem unidas em busca de um mesmo objetivo, o clã tem grandes chances de se tornar o mais forte de todos, mas basta que uma das famílias fraqueje para que a desunião bote a perder todo o esforço feito.
Escolha ser um samurai do clã Louva-a-Deus se você deseja ser:
- um shugenja familiarizado com as floretas e com o poder de se comunicar com os espíritos animais, bem como com os kamis elementais;
- um shugenja versátil, com afinidades com os kamis que influenciam o clima, em especial com o sol e o trovão;
- um guerreiro dedicado especializado no arco e flecha, sendo os incontestáveis mestres dessa arte no império; ou
- um guerreiro feroz, acostumado a vida e o combate em alto mar, e habituado a utilizar armas que nenhum outro samurais usaria.
Por Rafael Silva
carlosbergonzini
Não vejo a hora de continuar e terminar todos os clãs para mim poder começar uma aventura de GURPS, que está quase pronta. PARABÉNS!, Ótimo material.
Toth-Amon
Valeu Carlos,
Após terminar a série de matérias, tentarei escrever mais material ligado ao Legends of the Five Rings. Se tiver alguma sugestão, escreva nos comentários. Boa campanha!