Continuando a série de matérias sobre os clãs de Rokugan, o próximo clã representa a epítome do significado da palavra samurai: servir. Honrados e extremamente devotados ao império e ao imperador, os samurais do clã Leão dedicam suas vidas para proteger o império e defender a honra do imperador/imperatriz.
CLÃ LEÃO (LION)
Visão Geral
O Kami Akodo era um dos mais prováveis a serem o imperador das terras de Rokugan durante o Torneio Celestial. Dos Kami que caíram no mundo mortal, Akodo era valente, habilidoso e honrado, e a luta final do torneio foi travada entre ele e Hantei. No entanto Hantei foi o vencedor do combate, ao que o Kami Togashi, que se recusou a participar do torneio por afirmar que já sabia qual seria o resultado, profetizou: “O último Hantei cairá após a queda do último Akodo”.
Akodo jurou lealdade ao seu irmão, e desde então o clã que ele fundou ficou conhecido como A Mão Direita do Imperador, uma vez que essa é a mão que segura a espada. Enquanto os samurais do clã Garça suportam o imperador no âmbito político, os samurais do clã Leão suportam o imperador no âmbito militar. O exército do clã também é o exército do imperador, o que corresponde a quase todo o clã, pois quase todos os samurais desse clã se vê primeiramente como um soldado.
História
A história do clã Leão está concentrada no campo de batalha, seja nas guerras travadas para proteção do império, proteção da honra do clã ou em busca de glória. A guerra é o que define esse clã.
Durante a ascensão do império, após a sua derrota no Torneio Celestial, Akodo jurou lealdade ao imperador e se dedicou a formar um exército forte o bastante para proteger o império. Ele, junto com Ikoma e Matsu, começou a formar uma grande força militar. Isso foi a salvação do império durante a Primeira Guerra, pois quando Fu Leng e seu exército de criaturas invadiram Rokugan, havia uma força militar treinada para resistir suas investidas.
O exército do clã Leão, contando com sua coragem de seus samurais e táticas de guerra inovadoras, conseguiu o tempo necessário para que Shinsei e os Trovões surgissem e derrotassem o Kami caído. Akodo lutou junto com seu exército no campo de batalha e perdeu um de seus olhos no confronto, passando a ser conhecido como Akodo Um-Olho pelo resto da vida.
Matsu, o Trovão do clã Leão, nasceu nos arredores da capital do império. Ela era uma mulher alta e determinada que não se curvava a homem nenhum. Ela foi um dos primeiros líderes militar do império, treinando os homens de seu vilarejo para protegerem o povo. Quando Akodo a conheceu, ficou impressionado, e foi recrutá-la pessoalmente para seu clã, além de pedir sua mão em casamento. Mas ela era indomável e se negou a ambos os pedidos.
A insistência de Akodo fez com que Matsu o desafiasse para um duelo, caso ele vencesse ela entraria para seu clã mas ele nunca mais deveria a pedir em casamento, se ela vencesse, ela se casaria com ele e se tornaria a líder do clã. O combate entre os dois foi titânico, mas no fim Akodo foi o vencedor. Ela se curvou e reconheceu o kami como seu campeão, e ele nunca mais lhe pediu em casamento. Alguns anos mais tarde, ela se casou com um de seus liderados e fundou sua própria família.
Logo após ter sua família formada, Matsu participou do torneio que definiria o campeão esmeralda, guarda costa pessoal do imperador. Enquanto Kakita mostrava respeito aos oponentes que ele enfrentava, Matsu desdenhava dos derrotados – não por acaso todos homens. Kakita se enfureceu pelo comportamento que ela estava demonstrando, e quando ele a derrotou no combate final, ele não se curvou como fez com os outros, apenas apontou sua espada para seu pescoço. Matsu se enfureceu e ao se levantar lhe disse: “Que haja inimizade entre nós dois, pequenino”. E essa inimizade perdurou entre as duas famílias por mais de mil anos.
Durante a Primeira Guerra, após a chegada de Shinsei, Akodo se apresentou a seu irmão junto de Ikoma e Matsu, no encontro que definiria os Trovões dos clãs. A principio Shinsei se dirigiu ao filho de Ikoma, Jujinin, mas antes que ele pudesse responder, Matsu avançou e o nocauteou com seu punho. O pequeno mestre olhou para ela e perguntou: “Porque achas que deves ser o Trovão de seu clã, Lady Matsu?”, ao que ela respondeu: “Porque não há mais ninguém”. E assim ela se tornou o Trovão do clã sem pedir permissão a Akodo, e partiu junto de Shinsei para as Shadowlands enfrentar Fu Leng.
Ikoma era um morador de um dos povoados que ficava nas terras dadas a Akodo. O Kami estava a procura de seguidores para formar seu exército, e ao fazer sua proposta a um grupo de pessoas, um homem velho e com o corpo coberto por cicatrizes começou a rir. Akodo ficou furioso e desafiou o homem insolente. Ikoma apenas sorriu e mostrando suas cicatrizes começou a contar a história de cada uma delas. Ao final, Akodo percebeu a força de vontade que o homem possuía e o saudou como seu seguidor. Ikoma era um grande contador de história e se tornou amigo de Akodo, que o nomeou karo – conselheiro – além de juiz e historiador do clã.
Apesar de nunca ter se casado, Ikoma era pai de nove filhos, e todos seguiram os passos do velho e juraram lealdade a Akodo. Ele adorava beber saquê e contar suas histórias para impressionar as mulheres. Suas cicatrizes vieram de combates contra goblins, ogros e outras criaturas piores. Conta-se que com a idade muito avançada para os padrões do império ele se retirou para sua cidade natal onde passou o resto da vida em companhia de amigos e belas mulheres. Até hoje, para honrar o dia de sua morte, os homens devem pagar as geishas para levarem saquê, arroz e sushi até um templo dedicado a Ikoma, e as mulheres devem ficar ali o dia todo ouvindo as histórias dos homens mais velhos.
A terceira família do clã foi fundada de uma maneira mais trágica. Assim que a guerra contra Fu Leng terminou, Akodo passou a fortalecer seu exercito para garantir que as leis do imperador fosse cumprida, especialmente aquela que determinava que criaturas não humanas fossem exterminadas. Foi assim que começou o massacre dos Kitsu, uma raça ancestral de criaturas espirituais que lembravam um leão. Apenas no combate final, contra os últimos cinco Kitsu remanescente, Akodo percebeu a inteligência e nobreza dessas criaturas, e se curvou perante elas e buscando o seu perdão pelo erro que havia cometido.
Os Kitsu viram a nobreza do ato do kami, e aceitaram a oferta de Akodo. Apesar de não perdoarem-no totalmente, eles preferiram se juntar a ele em favor da paz. Como os cinco Kitsu eram do sexo masculinos, o kami concedeu a mão de suas filhas para que elas ajudassem os Kitsu a perpetuarem a sua espécie. Assim nasceu a família Kitsu, cujos descendestes possuem sangue espiritual correndo em suas veias, e por isso possuem uma forte ligação com os mundos espirituais.
Akodo deixou um legado muito importante a todos no império, seu livro Liderança. Neste tratado sobre liderança militar ele colocou suas reflexões e experiências, abordando temas como o Bushido, guerra civilizada e assuntos militares em geral. Esse livro é estudado por todos aqueles que pretendem comandar exércitos em combate, mas exaustivamente pelos próprios samurais do clã Leão, que estão sempre remodelando antigas táticas de guerra e criando outras novas.
No fim de sua vida, após a morte de vários dos seus irmãos e companheiros que lhe ajudaram a fundar o seu clã, Akodo ainda teve um último desafio pela frente. Uma horda de criaturas aterrorizantes, que mais tarde descobriu-se serem Tsuno – os Kitsu sobreviventes que haviam sido corrompidos, avançou pelas terras do clã destruindo tudo. Akodo e mais alguns samurais se opuseram a eles, mas no final do combate, prevendo que sua tropa não conseguiria deter o avanço das criaturas rugiu uma prece para sua mãe, Amaterasu. O que lhe restava de poder divino fez a montanha chacoalhar e causar um gigantesco deslizamento de terra que destruiu os Tsuno e o Kami.
Muitas guerras foram travadas pelos samurais do leão durante os mais de mil anos que se seguiram, como a Batalha da Neve Rubra, contra o Dragão; a Batalha da Lição de Humildade, contra o Escorpião; e a Batalha da Grande Escalada, que deu origem ao clã menor da Libélula. Eles ainda lutaram contra o clã do Unicórnio assim que eles retornaram a Rokugan, uma vez que as terras ancestrais do clã estavam sob o controle do clã Leão durante sua jornada pelas Burning Sands.
Mas nenhuma dessas guerras se comparou a Guerra dos Clãs. Tudo começou com o campeão do clã Escorpião, Bayushi Shoju, assassinando Hantei XXXVIII e tomando o trono do império para si. Todos os clãs se uniram contra o Escorpião, e na batalha derradeira, o campeão do clã Leão, Akodo Toturi, derrotou Shoju. Sem saber que o filho do imperador estava vivo, Toturi se nomeou imperador.
Assim que Hantei XXXIX voltou ao palácio e recuperou o trono, ele desfez a família Akodo, oficialmente como punição pelo fracasso de Toturi em proteger a vida do imperador. E assim a profecia de Togashi começou a ser cumprida. Hantei XXXIX foi possuído por Fu Leng e sem a família Akodo para guiar os exércitos do leão, o império entrou em guerra civil e quase foi destruído de dentro para fora.
A Guerra dos Clãs culminou no Segundo Dia do Trovão, quando os campeões de cada clã se uniram para derrotar Fu Leng uma vez mais. E após a destruição do Kami negro, Toturi foi coroado imperador, encerrando a dinastia Hantei e iniciando a dinastia Toturi. O nome Akodo não foi restabelecido logo em seguida e demorou muitos anos até que a família recuperasse seu lugar de direito dentro do clã Leão. Atualmente o clã recuperou seu antigo prestigio e é reconhecidamente um das maiores forças militares dentro do império.
Famílias
Diferentemente dos outros clãs, as famílias do clã Leão são as mesmas desde a época do seu fundador. Dessa forma, os samurais Akodo, Ikoma, Kitsu e Matsu conseguem traçar sua hereditariedade até os fundadores da família. Isso resulta no clã mais conservador e tradicionalista do império, mas também no mais orgulhoso de suas origens.
Apesar de todos se verem como soldados dentro do clã, cada família forma samurais com papéis complementares, e isso possibilita que novas táticas possam ser criadas a partir de visões vindas de diferentes perspectivas: os Akodo são a cabeça do clã, servindo como os generais dos exércitos, os Ikoma são o coração do clã, sendo os historiadores e estrategista, os Kitsu são o espírito do clã, sendo os shugenjas e elo de ligação com os antepassados e os Matsu são os músculos do clã, servindo como a infantaria do exército e passando por cima de tudo o que for necessário.
Akodo
A família Akodo comandou o clã do Leão por mais de mil anos, até ser desfeita pelo imperador Hantei XXXIX. Antes disso, apenas dois samurais Matsu haviam se tornado o campeão do clã.
Isso se deve ao fato de que os samurais do Akodo não se encaixam no estereotipo de samurai do Leão de cabeça quente e que luta por qualquer coisa – essa fama se deve aos Matsu. Os samurais da família Akodo são treinados para serem os mestres do campo de batalha, enxergando tudo o que está acontecendo durante o combate e com domínio total das ações de seu exército. As táticas de guerra Akodo são testadas exaustivamente antes de serem aplicadas no campo de batalha, e são executadas com o mesmo cuidado que um artesão dedica quando esculpi uma peça.
Há uma tendência geral desses samurais não serem tão orgulhosos e ostentarem seus feitos, preferindo dividir as conquistas coletivamente entre todos que contribuíram para seu atingimento. Mas apesar disso, um Akodo não se sentirá valoroso se não tiver dado o seu máximo para conseguir um resultado perfeito, considerando qualquer coisa abaixo disso como uma vergonha a memória de seus ancestrais. Qualquer ação precipitada também não é digna de um Akodo, sendo que a preparação e o foco em um objetivo é considerado primordial para o alcance dos resultados esperados.
Os samurais da família Akodo são renomados por sua honra, prestando a mesma reverência ao Código do Bushido e a seus ancestrais. Falhar com o código ou com a memória de seus antepassados é a pior coisa que pode acontecer com um Akodo, e é por isso que eles são tão rígidos e tradicionalistas, mas também nobres e devotados a perfeição.
Após ser desfeita, muito dos seus samurais aumentaram as fileiras das famílias Matsu e Ikoma, enquanto outros preferiram virar ronin e se juntaram ao exército de ronin formado por Toturi. Mesmo após Toturi restabelecer a família, poucos foram os samurais que se uniram as suas fileiras.
Quando a nova Lady Lua Hitomi nomeou a Escuridão como “Akodo”, seus seguidores sem rostos se tornaram homens novamente, destituídos de seus poderes sombrios, mas com forma e identidade. A esses homens e mulheres foi dado o direito de se unirem a família Akodo.
Agora a família não se vê mais como a comandante do clã, deixando que o campeão do clã surja entre aqueles que são mais merecedores. Apesar de ainda proverem os generais que comandam os exércitos do clã, os Akodo se vêem agora como uma peça necessária para um exército forte e unido.
Ikoma
A família Ikoma foi fundada por um bon vivant, e talvez por causa disso seja a família com uma visão menos estreita do Bushido, preferindo ser mais pragmática. Não que eles sigam o exemplo de seu fundador, um homem que gostava de brigar, beber demais e mulherengo cujos feitos lhe trouxeram mais infâmia do que glória. Mas, apesar de serem muito honrados, eles conseguem ver além do código e por isso são aptos a fazer o que é necessário pelo bem do clã e do império.
Os Ikoma são conhecidos como a alma e o coração do Leão. A eles é permitido demonstrar o que a honra dita ao samurai para esconder: sentimentos. São eles quem falam com paixão quanto todos tentam sem manter calmos e serenos. São eles quem choram quando os grandes heróis se vão. São eles quem documentam os atos de bravura ou covardia para que nunca sejam esquecidos. A eles é permitido desempenhar o papel que as outras famílias rejeitam, pois eles são os Omoidasu, os bardos do clã, e apenar de nem todos serem treinados nesse caminho, todos estão acostumados em ser a memória viva do clã do Leão.
Apesar de não serem a linha de frente do exército do clã, os Ikoma desempenham um papel fundamental, pois são destacados como estrategistas de guerra. Eles estudam mais de mil anos de documentos sobre guerras e tentam trazer para a realidade aquilo que pode funcionar no campo de batalha, ou prever a movimentação do oponente. Mas mesmo o mais isolado estudioso não irá se negar a entrar em combate se for necessário, pois assim como todos os samurais do clã do Leão, eles sabem que não há maneira mais gloriosa de morrer do que defender a honra de seu senhor no campo de batalha.
Eles não são apenas os historiadores do clã, mas também ajudam a família imperial Otomo a manter a história oficial do império. Mas diferentemente dos Otomo, eles não acreditam que a história seja para ser guardada, e sim compartilhada e dela se tirar os ensinamentos necessários sobre honra e dever para serem aplicados no presente.
Kitsu
A família Kitsu é a mais diferente dentro do clã do Leão, e talvez a mais estranha de todo o império. Mais baixos e leves do que a média entre os samurais do Leão e com um número bem restrito de indivíduos, os Kitsu servem como sacerdotes e conselheiros espirituais do clã.
No entanto, isso é apenas a parte superficial da história. Os samurais dessa família descendem de uma raça ancestral de criaturas conhecidas como Kitsu, a partir da união entre as cinco ultimas criaturas dessa raça com as filhas do Kami Akodo. Seus ensinamentos sobre honra, guerra, veneração e comportamento sãos praticamente os mesmos da época antes dos Kamis. E se surge algo novo que não pode ser interpretado a partir dos manuscritos desses ensinamentos, os Kitsu buscam a resposta e a incorporam em suas tradições.
A manutenção da tradição é algo que os samurais da família Kitsu prezam acima de tudo, ainda mais por que é o seu trabalho entrar em contato com os ancestrais do clã do Leão e apaziguá-los quando algo não está correto. Devido a sua ancestralidade, os Kitsu tem o poder de entrar nos diversos Reinos Espirituais, mas mantém isso em segredo pois esse tipo de poder não seria bem compreendido na Rokugan atual, e mesmo dentro do clã essa informação é restrita. Ainda sim, apenas poucos são capazes de manifestar esse poder, e esses ficam isolados dentro das tumbas dos ancestrais Kitsu, se comunicando com eles e viajando por outros reinos, dificilmente tendo contato com o mundo dos homens.
Assim, a liderança da família geralmente fica isolada do mundo, a não ser que seja convocada para servir como conselheiro ao campeão do clã. Como o exército do clã do Leão se vale pouco dos poderes dos shugenjas, os samurais dessa família ficam restritos aos afazeres diários do sacerdócio. No entanto eles são muito valorizados dentro do clã, pois detém um conhecimento muito grande sobre a veneração dos ancestrais, algo que é muito mais forte no clã do Leão do que nos outros clãs.
Matsu
Muitos samurais do império acham que todos os samurais do clã do Leão são cabeças quentes, cegamente honrados e obcecados por combate. Essa visão passa muito longe dos samurais das outras famílias do clã, mas é muito próxima dos samurais da família Matsu. Essa visão pode ser entendida pelo fato da família Matsu ser a mais numerosa dentro do clã, e também de todo o império, salvo em épocas de grande conflitos. O grande número de samurais assegura que o corpo principal do exército do clã do Leão esteja sempre com soldados suficientes. Assim, o maior contato que os outros clãs tem com os samurais do clã do Leão provem da família Matsu.
A família Matsu é o músculo do clã, sem sua força o Leão não conseguiria desempenhar o papel de Mão Direita do Imperador, e sem a sua selvageria os exércitos do Leão não seriam tão temidos no campo de batalha.
A guerra é o que define os samurais dessa família, sendo quase como sua razão de viver. Durante uma guerra, os Matsu são como fanáticos religiosos, mas dizer isso diretamente para eles não seria algo sábio de se fazer. Os Matsu são mestres em entrar na fúria de batalha, e enquanto os Caranguejos fazem isso para morrer, eles fazem isso para viver.
A combinação dessa filosofia de vida com um tradicionalismo rígido torna a família Matsu muito fervorosa. Eles são exaltados a todo o momento, e se jogam de cabeça em um combate ou uma discussão com a mesma ferocidade. Eles nunca fazem nada hesitantemente, não importa a dificuldade da tarefa, pois vacilar diante uma dificuldade seria o mesmo que manchar a memória de sua ancestral.
Os Matsu possuem poucos rivais que consideram valorosos. O maior de todos é a família Akodo. Enquanto não neguem a eficiência dos generais dessa família, sua busca pela tática perfeita em vez da tática vencedora gera conflito durante as batalhas, mas isso não impede que os Matsu enxerguem seus primos com admiração e respeito. Os Matsu também respeitam as outras famílias do clã, mas apenas toleram todas as outras famílias dos outros clã. A exceção é a família Kakita, que nutrem um ódio profundo desde o desrespeito mostrado pelo seu ancestral a Lady Matsu.
Por seu anseio pelo combate e pouca paciência para a etiqueta social, os Matsu são sempre comparados aos Hida. No entanto uma coisa os difere, a devoção quase fanática dos Matsu ao Código do Bushido, e apesar de focarem nos aspectos militares do código, eles nunca se valem de táticas consideradas desonradas, mesmo que isso lhes custem a vitória.
Enquanto a família Matsu é descrita como uma família matriarcal, a realidade é que não existe uma restrição aos samurais homens dentro da família. A maioria do corpo do exército Matsu é formado por homens, e as mulheres ocupam as posições de liderança devido a tradição iniciada por sua fundadora. Mas se o daimyo não possui uma filha, o filho mais velho assume o cargo hereditário. No entanto, quando um Matsu recebe a honra de ser o campeão do clã, normalmente quem assume essa função é um samurai homem, enquanto um samurai mulher comanda a família.
Conclusão
Por ter uma estrutura militar muito bem definida, cada família sabe seu papel dentro do clã, e apesar da rivalidade entre Akodo e Matsu que se alternam no comando do clã, esses papéis são mantidos e nunca questionados. É fácil imaginar essa disciplina militar sendo emprega a todos no clã desde a sua infância, inflando em todos o orgulho de pertencer ao clã do Leão.
Além disso, é um clã que preza pelas tradições, considerando tudo aquilo que define ser um samurai fundamental em seu estilo de vida. Assim, é um clã que não vê com bons olhos grandes mudanças, além é claro de inovações que tragam vantagem militar ao clã.
Escolha ser um samurai do clã Leão se você deseja ser:
- um guerreiro acostumado a liderar e posicionar seus liderados no campo de batalha ;
- um cortesão habilidoso na arte de manter e contar histórias, invocando os feitos dos antepassados para corroborar com suas ações.;
- um shugenja perito em se comunicar com os antepassados e enxergar os efeitos dos reinos espirituais no mundo dos homens; ou
- um guerreiro feroz, habituado a entrar em fúria de batalha para amedrontar e derrotar seus adversários.
Por Rafael Silva