Crise Americana e a 4ª Edição

Jogador brasileiro adora uma polêmica, crise é mais popular que D20, Brujah e GURPS. Mas algumas polêmicas servem para levantar questões e discussões sobre o mercado e a percepção dos jogadores sobre o RPG. O jogador comum tem uma visão distorcida do mercado e em tempos de internet, onde qualquer pessoa pode criar afirmações e informações, o que seria informação vira desinformação. A crise sobre a dívida do tesouro americano lembrou bastante os problemas que a 4ed vem enfrentando.

Enquanto se desenrolava a novela da crise americana, era possível ouvir vozes gritando – “tomara que quebre!” “é o fim do capitalismo!” “o sonho americano acabou, agora o mundo vai se libertar!”; pessoas torcendo para que os Estados Unidos realmente entrassem em um crise sem fim. Ignorando opiniões políticas (e quando há uma crise quem sofre não são os ricos, sempre são os pobres, americanos ou brasileiros no fundo são todos pessoas) quem gritava esses bordões de comédia pastelão não tem a menor idéia da tormenta que o mundo inteiro, inclusive ela e seus filhos, sofreriam caso a crise realmente tomasse proporções catastróficas. Mas o que isso tem a ver com RPG? Sempre que DED passa por problemas (mudanças) vemos vozes similares.

A 4ª Edição não foi o que a Wizards e o público gostariam. Ela não foi uma evolução do D20, não abriu novos mercados, não criou novo público, não mostrou novos caminhos. Gostando ou não, a 4ª Edição não foi o que poderia. Logo surgiram as vozes do cataclisma “Tomara que acabe!” “Será uma nova era para o RPG!” “Assim a Devir larga o D&D e outra empresa lança 20 livros por mês!”. Algumas pessoas usam essas frases porque têm interesse direto que o sistema perca jogadores, outras são apenas fãs da concorrência. Porém, a maioria cai na onda e não entende o que seria o RPG sem o D&D.

Dungeons and Dragons não é apenas o RPG mais jogado do mundo, D&D é sinónimo de RPG. D&D aparece em filmes, em séries, RPG é D&D. O RPG surgiu do D&D e hoje é dependente do sistema. A pior crise do RPG mundial aconteceu quando a TSR faliu. Outras empresas conseguiram pegar parte do mercado, mas nunca chegaram próximo ao sucesso de D&D. Um dia, um sistema poderá passar o D&D em vendas e importância, mas esse processo leva anos, muitos anos. Ainda não é o Pathfinder. Um mercado de RPG sem D&D significa um mercado de RPG ainda mais fraco, um mercado sem seu maior nome, sem seu grande aglutinador. Torcer pelo fim do D&D é torcer pelo fim do RPG.

O D&D não vai acabar, mas passará por mudanças radicais que devem culminar com o anúncio da 5ª Edição em 2012. Mas, RPG não existe sem D&D, como a economia mundial não existe sem os Estados Unidos (e China). O jogador pode gostar e jogar o sistema que preferir, mas tenha noção do mercado em que está envolvido e não deve cair nas armadilhas de fãs fanáticos e empresas concorrentes.

Vida longa ao D&D e Pathfinder.

Por Fabiano Silva

***

 

31 Comments
  1. Isto sim é verdade pura, não existe RPG sem D&D e longa vida mesmo Espero um 2012 forte e com boas novidades.

  2. Olá pessoal

    Concordo com o texto do Fabiano, pois se o EUA falir (e em menor escalar a Wizards também) vai ser um problema para o mundo todo (ou para o mundo de RPG no caso da Wizards).

    Muitos esquecem que quando houve a Crise de 1929 o EUA quebrou naquele período e o resto do mundo acabou indo na onda, sendo um dos períodos mais negros da historia humana, por isso eu não desejo que isso ocorra de novo.

    Peço para os idiotas de plantão pensem bem antes de falar asneiras insensatas sobre o fim da Wizards (como também dos EUA).

    Até mais

    • Pq idiotas de plantão? Precisa ter mais respeito com as opiniões alheias. Só pq são contrárias as suas??? Faça-me o favor, né!

  3. “A 4ª Edição não foi o que a Wizards e o público gostariam. Ela não foi uma evolução do D20, não abriu novos mercados, não criou novo público, não mostrou novos caminhos.”

    Que ela talvez não tenha sido aquilo que esperavam tudo bem, mas baseado em que afirma-se que ela não abriu novos mercados, não criou público novo? Não estou querendo criar polêmica ou questionar, debochar, etc.. Eu quero saber mesmo em que se baseia essa opinião.

    “Torcer pelo fim do D&D é torcer pelo fim do RPG.”

    Isso eu acho um exagero. Eu até concordo que se os EUA falir a coisa fica preta pra praticamente todo mundo, agora, comparar isso com a RPG e D&D acho meio inválido. São coisas muito diferentes. Fim o D&D poderia enfraquecer o mercado de RPG? Sim, mas não acredito que seria a ponto de ser o “fim do RPG”. Em que isso poderia prejudicar a esse ponto RPGs como Eclipse Phase, GURPS, CthulhuTech, WoD, etc? Pode ter impacto sim, mas daí a dizer que seria o fim do RPG é bastante exagero.

    • O termômetro de novos mercados é a venda Arcanjo…. e isto foi mostrado que vem caindo bastante…..entao se esta vendendo menos como podemos dizer que haja um novo caminho de usuários? entende….

  4. Eu acredito que a resposta ao seu questionamento seja o quanto a nova caixa vermelha e a linha Essentials (esta última, particularmente, não fez minha cabeça) foram bem sucedidas, se realmente atingiram o público iniciante ou não. Porque tudo indica que o Classic 4th Edition não estava conseguindo isso, e assim lançaram a nova Caixa Vermelha e fizeram a Essentials para cumprir essa função.

    Eu discordo do Fabiano no quesito novos caminhos. Penso que o D&D Insider foi a principal novidade da 4a Edição e ele aponta um novo caminho. Resta saber o quanto ele correspondeu às expectativas da Wizards (e da Hasbro).

    Sobre o seu segundo questionamento, ele não quis dizer que o RPG acabaria com o fim do D&D, ele quis dizer que torcer para o fim do D&D é jogar contra o próprio hobby.

    Independente do quanto afetaria ou não o RPG e as outras editoras, o fim do D&D (que NÃO vai acontecer) seria ruim, muito ruim.

  5. Me permita discordar de voce Telles quanto ao Insider….creio que o Insider seja uma ferramente de feedback indireto dos jogadores para com os produtos da D&D. A idéia é realmente inovadora, mas somente como um veiculo de “diálogo” entre entre desenvolvedor e usuários……e nao como uma nova ferramente inovadora de mercado..

    Nao é algo revolucionário mas aceito o argumento de ser um outro caminho, mas nao creio que va mudar nada no mercado de RPG.

    Vou bater na mesma tecla……enquanto nao se pensar em pdf como principal meio de venda do rpg esse mercado vai ficar cada vez menor….

    • Mas aí é que está. A gente não sabe quão bem está indo o D&DI.

      Talvez as vendas estejam caindo justamente porque jogadores estão migrando para o D&DI. Meu grupo usava o D&DI e, por eles, com a ferramenta que tinham, praticamente não precisavam comprar novos livros. O DDI atualizado basicamente cobria tudo o que queriam dos lançamentos.

      Olhando por esse lado, jogadores talvez só se interessassem mesmo pelos livros de cenário.

      Por tanto, pode ser que o DDI seja mesmo uma nova forma de se comercializar. Tudo depende de quão bem ele está indo. Apesar da queda de vendas, existe a possibilidade do DDI estar compensando isso.

  6. Independente de qual RPG seja o mencionado, o artigo não cobriu o fato de que quando há muitas empresas grandes com bons artigos no mercado, o volume de material de fãs e consequentemente o número de pequenas empresas no setor aumenta, é uma relação ganha-ganha muito boa.

    Do outro lado da moeda, quando o mercado está ruim, é ai que surgem alguns visionários com modelos novos de organização, o que é natural, tudo é um ciclo que tem começo meio e fim. É importante considerar que momentos ruins são essências para a manutenção de qualquer coisa, para renascer posteriormente mais adaptada ao mercado.

    Claro que não é bom quando um ciclo desses é prematuro demais, como alguns podem interpretar a 4ª edição criando sombra para uma 5ª edição, mas, foi com o final do D&D3.5 e a nuvem negra de mistério que pairava no ar no final desse período que alavancou um ótimo produto que é o Pathfinder, da Paizo.

    Não sou fã dos RPGs indies, mas, acredito que tenham surgido bons materiais recentemente, talvez até aproveitando o recuro da maré de alguns outros produtos mais tradicionais. Esses movimentos de sucesso e deslize me parecem naturais, até seguindo de fato o ritmo da economia mundial que está bem diferente de 5 anos atrás.

  7. O mundo se adapta, o ser humano se adapta. O fim do modelo capitalista norte-americano (e um possível fim da wizards) não seria essa tragédia toda pintada no texto. O D&D não morreria (pelo menos não pelos fatos citados), pois ele é muito maior que isso. Se a Wizards falir, outra empresa aparece e compra os direitos. Pode acontecer uma crise, ficarmos um tempo sem novos lançamentos, mas com o tempo tudo volta ao normal, pois como disse no início do comentário, o mundo se adapta a tudo.
    A mesma coisa é falar que se a Devir largar o D&D, não haveria outra empresa com poder aquisitivo pra banca r alinha. Balela! Acho q tem gente sendo muito alarmista.

    Ah, e fim aos EUA e seu modelo que vive das desgraças alheias e de financiar guerras pelo mundo afora. Quero mais que esse paizinho se exploda!

    • Não é alarmismo, é apenas um raciocínio simples. Se houvesse alguma empresa com cacife para assumir o D&D, ela poderia perfeitamente lançar o Pathfinder, uma linha que tem uma quantidade de suplementos ideal para o mercado brasileiro (me refiro ao básico e os suplementos de mecânica de jogo, que são lançados um por semestre).

      Mas livros de papel de qualidade com capa dura e miolo coloridos são caros, além de ter que pagar a licença.

      Precisaria de uma grana bem alta…

    • Nesse caso eu chego a concordar com o post do Telles acima. Gente, editora de RPG aqui é coisa pequena. Eu conheci a Jambô há alguns anos e ela era uma loja pequena e que ficava distante de tudo em Porto Alegre.

      A Devir pode ser a maior delas, mas ainda não é uma editora de grande porte. Na época que o pessoal reclamava que queria ver o GURPS 4 lançado em português, chegaram a perguntar ou encher o saco da Jambô para ver se ela corria atrás. Parece que ela não tem interesse ou não tem como investir em tal sistema. O próprio Steve Jackson falou que nada impede de outras editoras de fazerem proposta pelo GURPS, mas até hoje (2011) nenhuma outra fez.

      A grande verdade é se a Devir não investir em D&D, dificilmente outra editora vai ter como bancar, a não ser que uma grande editora dê a louca de querer investir em RPG também.

      Investir em RPGs do porte de D&D e Pathfinder é um negócio caro e que mesmo que sendo grandes nomes não deixam de ser investimentos de risco. Se não for a Devir, quem iria bancar? Aliás, Pathfinder lá fora parece que vende tanto quanto D&D ou mais. Cadê as editoras aqui investindo nele? Onde? Se fosse fácil assim já teríamos muitos outros títulos por aqui, mas a verdade é dura: investe em RPG aqui quem gosta mesmo do Hobby, porque RPG não é algo que dá muito lucro.

      • Essa empresa não existe HOJE, mas as coisas mudam, o mundo muda, graças a Deus!

        • Essa empresa nao existe ha 30 anos, do nascimento do RPG no Brasil ate os dias de hoje.

          • Do jeito que vc fala até parece que a Devir é a maior editora do país. Na verdade é uma editorazinha de fundo de quintal se comparada a outras grandes.

            Como disse o Arcanjo.sk acima, pode ser que dê uma louca numa das grandes e ela abrace o D&D. Seria ela tão louca mesmo se fizesse isso?

            O que estou querendo dizer que é q há possibilidades, alternativas. O fim de uma empresa ou de um modelo de economia ou de um país, sei lá o q, não pode ser encarado como fim de outras coisas que dela dependem atualmente.

          • Bem, a Devir pode não ser uma editora grande, mas está longe de ser “fundo de quintal”, me perdoe!

            Pode até ser que uma editora grande queira abraçar o D&D ou Pathfinder, mas a última vez que isso aconteceu, não deu muito certo não!

          • Sim eh uma editora de fundo de quintal que tem alguns dos grandes quadrinhos do pais, Magic…

            Sim, o Eike batista pode apostar no RPG amanha. Sem ofender, mas vamos falar do mundo real ou do mundo da fantasia?

          • 1º) Falei “fundo de quintal” COMPARADO A OUTRAS EDITORAS GRANDES. ok? Isso é mesmo!

            2º) “Sim, o Eike batista pode apostar no RPG amanha. Sem ofender, mas vamos falar do mundo real ou do mundo da fantasia?”
            Sua visão do mundo é muito pequena, amigo ou sua fé nele está muito abalada. Ou então vc é a Mae Dinah(da).

          • Deixa ver se entendi… Ou é editora grande ou é fundo de quintal? Não existe meio termo ou uma de ‘médio porte’? Tem algo de errado nessa análise.

            Enfim, existem editoras bem menores do que a Devir ou com todos seus processos terceirizados. Acredito que o intento tenha sido dizer que a editora era “fundo de quintal” em sua qualidade. Isso também está errado, pois há de se lembrar que a Devir não é editora só de RPG.

            Também há de se lembrar que não é a única editora de rpg, mas mesmo sendo ‘fundo de quintal’ é a maior do ramo.

  8. Há três pontos desse artigo que quero comentar.

    Primeiro, eu não sei por que cargas d’água as pessoas criticam tanto a 4ª Edição. Particularmente gostei muito, gostei mesmo! Opinião de quem joga D&D desde a primeira caixinha da Grow. Talvez seja por saudosismo, ou tradicionalismo.

    Entendo que a 4ª edição mudou muitos conceitos. Contudo para mim foi justamente isso que deixou a 4ª edição tão atraente – ele não trouxe apenas mudanças nas regras e na criação de personagens, mas também na forma de jogar. Acho isso fantástico!

    Segundo ponto é que não havia como fazer uma “evolução ao D20”. O D20 com sua licença aberta estava fazendo com que diversas pequenas produtoras pudessem lançar suas próprias publicações carregando o selo D&D. A Wizards achava, com ingênuidade, que conseguiria controlar a situação – ledo engano. Eles estavam perdendo o controle sobre sua própria marca, e então resolveram descontinuar o D20.

    A 4ª edição não veio para ser uma evolução D20, porque existe um contrato legal dando licença aberta para o D20. Por isso eles precisavam criar algo relativamente novo – e isso foi feito com sucesso.

    Terceiro ponto é que eu discordo veemente sobre a crítica que o D&D não trilha novos caminhos. Além do apontado por Teles, o D&D Insider não é apenas um novo caminho, mas também a formalização de algo que já acontecia sem o controle da empresa, a informatização da criação de personagens e aventuras (oras, basta ser um pouco informado para encontrar softwares geradores de personagens, dungeons, nomes, cidades, etc). Achei isso realmente fantástico. Seria melhor ainda se cada livro trouxesse um código para utilizar o D&D Insider de forma gratuita – mesmo que parcial.

    Outra novidade (não tão nova) é o D&D Essentials. Os desenvolvedores afirmam que é uma linha tardia (dveria ser lançada antes), mas é justamente essa linha a responsável por apresentar o sistema à novos jogadores. Fora outras ações da própria empresa como o “Dia do D&D” que fomenta o RPG e o próprio jogo.

    O mercado de RPG não está aquecido! Essa é a verdade. As empresas podem fazer algo para mudar, mas já que foi mencionado, a crise dos EUA e as empresas que nela estão enfrentam uma situação intrinseca, difícil de se esquivar e a Wizards não está alheia a crise!

  9. Independente de as pessoas serem muito conservadoras.
    Independente de a D&D 4th ser revolucionária
    Independente de ser boa ou ruim…
    Independente de as pessoas não estarem conseguindo ver o quão boa a 4.0 é.

    É notório o fato que, de modo geral, ela não agradou.
    A wizards projetou-a para ser revolucionária em tudo, principalmente em vendas.
    E o que está acontecendo?
    1.Paizo vendendo pareo-a-pareo com seu Pathfinder 3.75
    2. Fãs voltando às origens (D&D 1ªed, diversos retroclones)
    3. Discussões ferrenhas e agressivas nos blogs, reclamações.
    4. Incerteza: Será que o D&D perdeu público, quando era para ter aumentado?
    5. incereza: Será que nossos desiners fizeram algo errado?

    Na história do D&D jamais ocorreu uma discussão tão ferrenha. Talvez porque jamais houvera alterações tão radicais.

    opinião particular

    A moda é ser OldSchool…seja na música, seja na arte, a até mesmo no RPG

    A tendência atual é buscar coisas antigas de um modo que elas sejam revisitadas parecendo ser algo novo. É o velho que se recicla.

    Eu tenho em minha mente que se o desing gráfico da 4ª edição fosse similiar ao da 2ªedição e se os princípios básicos tivessem sido mantidos (manter as classes básicas, manter princípios fundamentais), a 4ª edição teria tido um sucesso muito maior.

    • 100% agree……………… ótima analise

    • Quanto a parte da volta de alguns sistemas parecido com D&D 1 ou AD&D isso parece parcela pequena.

      E quanto a parte gráfica similar a segunda edição me parece algo saudosismo demais. Os tempos são outros. Tirando alguns fãs de AD&D, me parece que muitos não suportariam mais o design gráfico das edições antigas. O Pathfinder, maior rival do D&D 4, segue um estilo mais próximo do D&D 3 que do AD&D.

      A arte das capas das edições antigas, vinda de artistas como Larry Elmore realmente eram boas, mas voltar para a arte interna, P&B, etc? Não sei seria muito bem aceito não.

      O movimento OldSchool no RPG, quanto a vendas, não parece muito forte. Pathfinder segue como sucessor espiritual do D&D 3.5 e não do AD&D. Parece que muitos jogadores queriam uma continuidade das coisas do D&D 3 e não da segunda edição.

      Existe público para OldSchool, do estilo da década de 80 e 90? Existe. Mas não sei se a ponto de valer a pena investir em uma edição nova a esses moldes.

    • Agree. :)

  10. Sinceramente, acho o DD Insider muito pouco. Com iphone, ipad, o DD Insider parece algo atrasado feito pela metade. Foi um bom primeiro passo, mas nao continuaram a andar.

  11. Bem, essa história de que o mundo não vive sem o capitalismo Norte -Americano é de muita má fé, e com certeza leva em conta a posição política do autor do artigo. O mundo viveu a maior parte de sua existência sem o capitalismo de controle dos EUA (esse modelo não tem nem 200 anos) e com certeza poderia viver muito bem sem ele, aliás, o fim desse modelo só tem a beneficiar a população mais pobre dos EUA, e não ao contrário (como foi dito no artigo).
    Bem, eu não vejo essa crise do D&D, eu vejo a crise do D&D da Wizards, pois às vezes nos esquecemos, Pathifinder é D&D! Aliás, é mais parecido com o D&D do que o próprio D&D da Wizards. Até o Mutants é D&D (a 3ed se afastou bastante, mas mesmo assim ainda é um OGL). Então, quando vejo o Pathfinder vendendo tanto quanto o D&D 4ed não vejo nada demais, só vejo o D&D das duas empresas vendendo bem, só isso.
    Bem, quanto aos retroclones e o jogo Old School, tem muito jogador sim, e todo dia saem coisas novas, livros novos, aventuras novas, caixas novas, aliás, dê uma olhada em quantos membros têm o fórum da Dragonsfoot, é muita gente, fora a Goblinoid Games vêm lançando muita coisa, assim como tivemos jogos bem sucedidos como Hackmaster entre outros…

    • Não é má fé, é apenas o que você falou: o texto reflete a posição política do autor. Não existe neutralidade, todo texto reflete a ideologia, a crença e o ponto de vista de quem o escreve.

      Só para deixar bem claro, a minha posição política é bem diferente do Fabiano, embora concorde com o texto num ou noutro ponto. Mas a REDERPG é um espaço democrático e plural.

      Fica o convite para quem quiser publicar outro ponto de vista ou artigo sobre algum tema do nosso hobby.

    • O mundo viveu de escambo por seculos. Isso quer dizer que se amanha adotarmos o escambo o mundo sera o mesmo e tudo ficara normal?

      Saber interpretar o texto ajuda… O que foi dito eh que HOJE, HOJE, NAO EM 1400, SE ALGO ACONTECE com a economia americana afeta o mundo. HOJE. HOJE, 2011. Ficou claro?

      Sem paciencia hoje…

      • A história nos prova que o ser humano se adapta à qualquer adversidade. Caso os EUA explodirem em um show pirotécnico ao melhor estilo Michael Bay, seres humanos como raça aprenderão a viver sob os novos moldes.

        Contudo, a história também nos prova que qualquer mudança dessa magnitude não vem desacompanhado de revoltas, repressão, crise e as vezes guerras civís ou ditaduras.

        O mesmo podemos dizer para o RPG. Se a Devir e a Wizards falirem (em um show pirotécnico – só para ficar mais ‘dramático’, rs), o RPG não acabará. Poderá sofrer um belo baque que não virá desacompanhado de revoltas em fóruns de discussão, gente querendo parar de jogar RPG e outros se sentindo donos da verdade e a luz do futuro.

        A grande verdade é que RPGistas Veteranos não precisam de novas publicações para continuar a jogar. Novas publicações continuam sendo legais, mas não somos dependentes delas. Temos publicações suficientes em nossa estante para continuarmos a jogar ad-eternum. Jogadores com acesso à internet pode escolher muitos sistemas que são distribuídos gratuitamente, e podem criar materiais para distribuição gratuita também, e logo alguma pequena editora poderá surgir disto. O grande golpe mesmo, caso isso aconteça, será no quesito “novos jogadores”, que tenderá a diminuir bem.

        Essa é minha visão!

        • Eli, você é o cara! :-)

          Eu assino embaixo em quase tudo que você coloca! :-) Obrigado por suas excelentes colocações e por sua por sua preciosa contribuição às discussões aqui do portal. Se um dia quiser publicar alguma coisa, qualquer coisa, a REDERPG é toda sua! :-)

        • Perfeito, resumiu com ótimas palavras o que eu estava querendo dizer bem mais acima e não estava conseguindo me fazer entender. Parabéns!!!

Leave a Reply