A pouco mais de um mês quando eu voltava de Belo Horizonte para casa o meu voo atrasou umas boas 5 horas! Pois bem, na falta do que fazer fui até uma banda de jornal ver o que havia de bom, enquanto eu procurava em meio alguns álbuns da Marvel algo que tivesse começo e fim e não me fizesse entrar novamente em sagas quem não levam a lugar nenhum (como a do Hulk Vermelho que perdi meu tempo) achei algo curioso: Homem-Aranha Noir.
Já tinha ouvido falar sobre essa edição especial e paguei pra ler! E paguei barato pela qualidade do trabalho da Panini! Foram menos de dezoito reais muito bem gastos por um livro de capa dura com interior de papel couchê reunindo em quase cem páginas as edições de um a quatro de Spider-Man Noir mais capas originais e estudo dos personagens. Além das vantagens de uma edição para guardar por um bom tempo, tem o mais importante: a história. Que em nenhum momento me decepcionou, assinada pelos roteiristas David Hine (Guerra Silenciosa) e Fabrice Sapolsky, coloca o um jovem Peter Parker em meio à depressão dos anos 1930, cheio de ideais socialistas que se inflamam ainda mais com a morte de seu tio Ben Parker. Ao adquirir poderes após ser picado por uma aranha mística, ele se coloca frente a opressão do poderoso chefão de Nova York, Norman Osborn, também conhecido como o Duende que é auxiliado por uma gangue no mínimo exótica conhecida como os Executores composta por ex-artistas de um circo de horrores, entre eles estão velhos conhecidos das HQ’s originais do cabeça de teia, como Kraven e o Abutre. Como não poderia faltar vilões conhecidos em novas roupagens também temos aliados conhecidos, como a já tradicional Tia May e vale um destaque para a Felícia Hardy, encarnando uma femme fatale dona de um night club típico de cenários noir.
Com uma trama envolvente com um tom adulto que respeita a essência do personagem criado pelo mestre Stan Lee (diferentes dos filmes baseados no herói que são de gosto bem duvidoso), e que remete ao melhor do estilo pulp cheio de mistérios, reviravoltas, conspirações e personagens corruptos. Com desenhos belíssimos do italiano Carmine Di Giandomenico (Wolverine: Inimigo do Estado) vale muito a pena ler, reler e guardar pois aposto que daqui a alguns anos essa edição será um clássico cobiçado por vários colecionadores.
Notas (de 1 a 6)
– Arte: 5
– Narrativa: 6 (São execelentes as citações de obras do genero Noir)
– História: 5
Nota Final: 5
Por Mike Ewerton
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