Saudações, aventureiros! O ano de 2009 foi um grande stand by para o C7L. Foi o ano em que decidimos – junto com a Conclave – migrar o cenário para a 4ª Edição do D&D. Esta decisão foi feita com base na avaliação do desempenho da nova edição lá fora e aqui, e de como será o mercado brazuca daqui em diante. Mas por causa dessas avaliações e definição, houve a necessidade de uma grande espera e uma redefinição do trabalho do próximo livro – o Guia do Jogador de C7L.
Após essas incertezas e definições, o ano de 2010 começa com novas e melhores perspectivas para o nosso querido cenário e o RPG brasileiro. Ou pelo menos estamos trabalhando para que assim seja.
Infelizmente, um dos lugares-comuns do nosso mercado são os atrasos. Nossas sessões de playtest atrasaram e com isso o nosso cronograma como um todo sofrerá também um atraso. Mas conforme as coisas forem sendo completadas, iremos informar aqui na coluna mensal do C7L, todo primeiro sábado do mês aqui na REDERPG.
A boa notícia é que traremos para vocês, começando com a coluna deste mês, uma “palhinha” sobre a conversão do C7L para a 4ª Edição e eventuais comentários sobre as sessões de playtest.
Antes de qualquer coisa, eu preciso elogiar o trabalho do Leonardo “Himura”, meu parceiro nessa empreitada. Ele não foi apenas um grande achado – existem muitos jogadores brasileiros talentosos por aí, com potencial para trabalhar com o hobby: ele tem tudo para se tornar um dos maiores game designers e escritores brasileiros de RPG. Seu trabalho com as regras da 4ª Edição foi primoroso e de quebra é um escritor soberbo. Dito isso, vamos ao trabalho de conversão em si.
Embora eu – e muita gente também – considere Crônicas da 7ª Lua um cenário perfeito para o D&D 4ª Edição, sempre há questões que se tornam problemas em uma conversão para um novo sistema.
De início estabelecemos um critério geral, que nada mais é que o próprio princípio do cenário: tudo que existe em D&D pode existir em C7L, a critério de cada Mestre e seus jogadores. Contudo, além de eventuais discrepâncias, é meio complicado simplesmente dizer que sempre existiram draconatos, quando o cenário sempre falava só dos drakzynia e deixava espaço apenas para meio-dragões. Algumas coisas precisam ter uma boa justificativa na ambientação para explicar o seu aparecimento.
O primeiro ponto a ser convertido foram as raças, e com elas vieram os primeiros problemas a serem resolvidos.
Mesmo as raças que continuaram na 4ª Edição e que têm o mesmo conceito em Isaldar e no novo D&D, muitas vezes tinham pequenas nuances de mecânica de jogo um pouco diferentes. É o caso dos gnomos e dos meio-orcs. A solução para isso foi simples: essas diferenças se tornaram novos talentos raciais.
Os yakshas e os drakzynia são raças novas, então sem problema. Apesar de conceitos similares, há um gancho para inserir os draconatos e ter uma relação deles com os drakzynia. Apesar do conceito semelhante dos yakshas e dos deva, os deva não são liberados, então não podem ser oficialmente colocados no C7L. Mas é claro que teremos futuramente aqui na coluna, artigos falando sobre como inserir outras raças em Isaldar.
E temos os meio-elfos de C7L.
Este sim era um grande problema e de aparente difícil solução. Os meio-elfos de C7L não tem nada a ver com os meio-elfos da 4ª Edição, que são um aprimoramento dos meio-elfos da 3.X, e que no Crônicas da 7ª Lua tinham sido totalmente alterados. Como inserir os meio-elfos sem descartar os nossos meio-elfos de Isaldar? Ora, a solução estava no gancho que incluiu no cenário os eladrin.
Para quem não leu o Guia de Isaldar (como assim você não comprou o Guia de Isaldar? O que está esperando? Você vai usar ele na 4ª Edição também…), eu e o José Luiz “Tzimisce” deixamos ganchos sutis – ou não tão sutis – para inserir as novas raças da 4ª Edição no C7L, já antevendo uma possível ida do cenário para o sistema da nova edição de D&D.
Em suma, os eladrin sempre estiveram lá e sempre estiveram em Elária. Mas somente agora eles e os elfos assumiram publicamente que são duas raças diferentes, o que já acontecia de fato há muito tempo…
Ora, se sempre existiram elfos e eladrin em C7L, também sempre existiu dois tipos diferentes de meio-elfos. O meio-elfo propriamente dito, aquele igual ao do Livro do Jogador da 4ª Edição do D&D, e aquele “outro”, meio lunático, influenciado pelas luas de Elária. Esse outro, na verdade, sempre foi o meio-eladrin.
Uma solução simples e genial criada pelo Leo “Himura”, que não fere a ambientação e é inserida de forma coerente na história do cenário, respeitando os Mestres e jogadores das campanhas de Crônicas da 7ª Lua da 3ª Edição.
Mês que vem continuamos a falar da conversão para a 4ª Edição, falando das classes, especialmente do tecnomago.
Marcelo Telles
Equipe C7L
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