Saudações, aventureiros! Na coluna desta semana vamos começar a falar do desenvolvimento dos deuses em Crônicas da 7ª Lua.
O assalto da Aniquilação ao mundo de Elária trouxe a extinção dos deuses antigos: derrotados em batalha, defendendo seus fiéis e territórios, e consumidos em fogo divino executando o complexo ritual de aprisionamento da força devoradora, onde as próprias luas foram utilizadas para conter seu poder destrutivo.
Em Isaldar, os deuses estão mortos.
Foi com base na idéia da Queda dos Deuses que iniciei o desenvolvimento do panteão de divindades. Alguns milhares de anos antes da Aniquilação, os deuses em Elária eram numerosos, reunidos em variados panteões e facções que lutavam entre si por fiéis e poder, devastando o Mundo Primordial e suas luas no conflito denominado a Guerra Divina. De fato, com o passar dos milênios, as batalhas se tornaram tão intensas que a própria vida mortal se viu ameaçada, levando vinte e um deuses a forjarem um pacto: o Édito do Silêncio proibiu as divindades de batalharem diretamente em Elária e em suas luas. Seus conflitos deveriam ser resolvidos por seus servos, seguidores e campeões. O compacto dos 21 deuses marca o fim das destrutivas guerras entre as divindades, permitindo que as raças mortais se expandissem no Mundo Primordial.
Crônicas da 7ª Lua apresenta um panteão único de divindades, separadas entre deuses benignos, malignos e neutros.
Deuses benignos: A Aliança das Sete Chamas
Após o Édito do Silêncio, as sete divindades benignas sobreviventes da Guerra Divina estabeleceram a Aliança das Sete Chamas: nos termos desse acordo celestial, eles firmaram um pacto onde seus cultos, igrejas e sacerdotes deveriam atuar em conjunto, visando fortalecer as forças do Bem nos freqüentes conflitos contra seguidores de divindades rivais. A Queda dos Deuses, porém enfraqueceu a Aliança: sem a presença das divindades para conduzir seus sacerdotes, uma grande profusão de cultos e seitas surgiu entre as velhas religiões, oferecendo novas interpretações para os antigos mistérios e dogmas de seus deuses, em face dos tempos de mudanças e conflitos que os mortais vivem em Isaldar.
Os deuses da Aliança das Sete Chamas foram desenvolvidos voltados em primeiro lugar para o desenvolvimento dos personagens: a idéia por trás dos sete deuses benignos do cenário é trabalhar com as tendências do Bem de forma a apresentar um número variado de opções de criação de personagens, sejam eles clérigos, paladinos ou mesmo monges e rangers.
Enthariel (Leal e Boa, Deusa Maior): A Senhora das Hostes Brilhantes é a deusa da guerra do Bem contra o Mal, das armas e da noite. O campo de batalha são os verdadeiros templos de seus sacerdotes, organizados em diversas companhias de guerra, ordens militares e mesmo alguns grupos mercenários. A Rainha dos Céus Noturnos é uma divindade particularmente popular no oeste de Aldar, onde a Ordem dos Cavaleiros Virtuosos de Enthariel funciona como a principal força de defesa dos Principados Brilhantes. Graças ao seu poder, a Rainha dos Céus Noturnos é a deusa regente da Aliança das Sete Chamas.
Gotheintor (Leal e Bom, Deus Intermediário): O Cavaleiro Diamante é a divindade da justiça e da lei, da força aplicada em defesa dos injustiçados, dos duelos e cavaleiros honrados. Nas terras ocidentais de Aldar a Ordem da Torre Diamante é muito atuante, com seus clérigos e cavaleiros especializados na proteção de inocentes e escolta de nobres e sacerdotes importantes. Nas terras frias de Khazantar, os Rildaresh, uma ordem de cavaleiros e ferreiros-magos que possuem o sangue de antigos e poderosos dragões dourados correndo em suas veias, seguem furiosamente a doutrina de Gotheintor, enquanto no Império do Leão Celestial os Magistrados das Virtudes Celestiais lutam para defender sua posição nobre, se negando a apoiar a invasão do reino de Huan-Ti pelos exércitos imperiais de cavaleiros de dragonnes.
Ashkar-Mithrael (Caótico e Bom, Deus Maior): O poderoso e popular deus do sol, do fogo, das manhãs, da bondade e do amor, é casado com a deusa guerreira Enthariel. A Igreja Celestial é a mais rica e ativa organização clerical do oeste de Aldar, com a cidade-santuário de Mithraelis sendo a sede do culto ao Guardião das Chamas Eternas. No leste, missionários mithraelitas são figuras comuns nos grandes portos. O Império do Leão Celestial possui seu próprio culto ao Senhor da Legião Solar, a reverenciada Sociedade do Fogo Celeste, composta por paladinos e clérigos investigadores a serviço do Império, um misto de guarda de elite e culto de mistério.
Devanthar (Neutro e Bom, Deus Intermediário): Nas sombrias Terras dos Mortos, o Portador do Brilho Infinito guardava um portão de ébano, ferro e ossos, separando esses reinos distantes e frios das terras mortais. Devanthar é uma divindade responsável pela proteção dos mortos e do descanso eterno. Para combater os mortos que andam, Devanthar desenvolveu as primeiras artes marciais – sendo assim, é também patrono dessas técnicas de guerra e do combate desarmado. Seus clérigos são sábios respeitados e guerreiros temidos, peritos em variados e letais caminhos do combate.
Alaunthar (Neutro e Bom, Deus Intermediário): As suas palavras honradas, seus conselhos precisos e sua busca pela harmonia fazem com que o Guardião dos Salões Iluminados seja reverenciado como o mais sábio dentre os deuses do Bem. Alaunthar é o deus da paz, das soluções diplomáticas e da harmonia. Foram seus clérigos, humanos e gnomos em sua maioria, reunidos na venerável Ordem do Escudo de Aço, os principais responsáveis pela formação dos Principados Brilhantes, construindo alianças, pacificando nobres e elaborando tratados de paz. Seus clérigos são agentes dos reinos benignos, utilizando magia, coragem e sagacidade para executarem missões de diplomacia e espionagem.
Dethne (Caótica e Boa, Deusa Menor): A Senhora das Águas Tranqüilas é uma divindade da cura, não sendo dedicada as artes da guerra. Em eras ancestrais em Elária, a Dama das Nuvens Perfumadas deu origem a variadas raças de seres féericos, que passaram a habitar sua corte em seus bosques fechados e santuários florestais. Seus clérigos reúnem-se em círculos florestais (onde a Catedral das Flores de Fogo destaca-se como o maior templo da deusa, localizado na Floresta de Onires). O Juramento da Coroa de Lírios foi um antigo pacto entre a deusa e Gotheintor – os sacerdotes desse deus devem sempre proteger os servos de Dethne, e não são incomuns romances surgirem dessas relações entre fiéis da Donzela dos Bosques Encantados e cavaleiros protetores do deus da honra.
Cerhywn (Caótica e Boa, Deusa Menor): A deusa bem humorada das histórias, da música e das ilusões, sempre foi acolhida como protegida pelas divindades benignas mais poderosas. A Rainha dos Sorrisos não se organiza em igrejas bem estruturadas, mas sim em pequenos círculos que misturam festas, concursos de contar histórias, apresentações musicais e banquetes, trupes de clérigos-artistas denominados Círculos Dourados, que comumente recebem nomes pomposos (como o infame O Círculo dos Setenta e Sete Segredos Alquímicos e Culinários de Tas Taranthar).
Nas próximas colunas, vocês conhecerão os deuses neutros e malignos de C7L.
Richard Garrel
Equipe C7L
Comunidade do C7L no Orkut
www.orkut.com/Community.aspx?cmm=8784780
Setor do C7L no Fórum da REDERPG
https://www.rederpg.com.br/wp/forum/c7l/
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