Saudações, aventureiros! Nós vimos nas colunas anteriores que a Tecnomagia possui considerável rejeição tanto por parte das ordens arcanas tradicionais, quanto das religiões. Mas se ela é assim tão rejeitada, como essa arte relativamente nova conseguiu se estabelecer em Isaldar e vem cada vez mais se expandindo? Para isso, precisamos entender as mudanças proporcionadas pela Tecnomagia no mundo.
Em Isaldar, poucas coisas conseguiram causar um impacto social tão profundo quanto a Tecnomagia. Fruto da fusão de visões inovadoras do uso da magia com a tecnologia a partir da utilização do Metal Divino, a Tecnomagia faz parte do cotidiano de grande parte das áreas civilizadas de Aldar, em diferentes quantidades e qualidades, mas sempre aumentando sua presença.
Os personagens terão contato com iluminação artificial em certas cidades, tavernas com fornos que não precisam de lenha para arder em calor e outras maravilhas que se espalham pelo continente. Com menor freqüência pode-se ver armas de aparência bizarra, veículos que se movimentam sem animais para puxá-los e até mesmo navios aéreos que cortam os céus do Império Melkhar.
Falando no Império Melkhar, sem dúvida ele é sinônimo de Tecnomagia. Mas ela está se tornando comum nos Principados Brilhantes, em Zhao Khan, nas cidades dos gnomos e, a contragosto do Império, na Soberania de Abannônia.
Descobertas tecnomágicas mais estupendas, contudo, costumam ser tratadas com o medo ou receio que merecem, mesmo porque muitos tecnomagos parecem se esquecer de que certos limites não devem ser ultrapassados, e não são raras as histórias de grandes incêndios ou acidentes que foram proporcionados por engenhos tecnomágicos.
Ainda assim, muitos aventureiros buscam o auxílio da Tecnomagia, devido a sua grande utilidade e facilidade de uso, que a torna mais acessível que muitos itens mágicos, pois estes dependem da capacidade de conjuração de seu usuário para serem usados.
Em outras palavras, a Tecnomagia significou uma mudança na realidade do cidadão de Isaldar. Ela se mostrou mais viável e prática que a tecnologia e, ao mesmo tempo, mais acessível e mundana que a magia. Se por um lado proporcionou uma série de pequenos confortos a quem pode pagar por ela, por outro lado ela também se tornou peça fundamental na poderosa máquina de guerra do Império Melkhar, e que outras nações tentam copiar.
Embora as Legiões Imperiais ainda usem armas de fogo, canhões e maquinário a vapor, a tendência é a Tecnomagia ir substituindo esses aparatos. E assim, as sombras dos navios aéreos imperiais de guerra vão se projetando cada vez mais por toda Aldar…
Marcelo Telles e Tiago Marinho
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